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Coluna André Andrès

Por que poucos espumantes têm safra exposta no rótulo?

A degustação de um belo espumante da Casa Valduga abre a possibilidade de explicar os motivos de espumantes terem ou não a safra exposta no seu rótulo

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O espumante Gran Casa Valduga Brut 2011: expressão de anos de safras excepcionalmente boas. Foto: André Andrès

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Provamos neste final de semana um excelente espumante da Casa Valduga. A safra estava exposta no rótulo: 2011. Ou seja, o Casa Valduga tem 11 anos de idade e exibe muito frescor, além dos toques típicos de um ótimo champagne, como o aroma de pão tostado, amêndoas torradas, frutas. Enfim, numa prova às cegas entraria numa boa competição com alguns dos ótimos espumantes produzidos no planeta. Certamente isso se deve muito à sua safra.

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Por falar em safra… você já notou algo? A maioria dos espumantes, diferentemente deste da Valduga, não tem safra exibida no rótulo. Sabe por quê? Porque os espumantes normalmente são produzidos com vinhos de safras diferentes. São vários os motivos. Isso garante, entre outros pontos, o equilíbrio do produto: safras melhores podem “corrigir” outras de menor qualidade, por exemplo. Mas quando a safra é excepcionalmente boa, as vinícolas fazem espumantes safrados, também chamados de Millésime ou Vintage. Neste caso, elas exibem a safra no rótulo ou adotam essas duas denominações. É, portanto, uma referência de qualidade: se for safrado, o espumante tende a ser melhor quando comparado com outros rótulos da mesma vinícola. Foi o caso do Brut da Valduga provado neste final de semana. Espumante sensacional.

É possível encontrar garrafas à venda em sites especializados. Como prova da qualidade desses espumantes, seu preço varia conforme a safra. Por isso em algumas lojas ele é encontrado por R$ 109 e em outros ele supera os R$ 170. Quanto melhor e mais antiga a safra, maior o preço. Essa também é uma outra regra do mundo do vinho. Não deve ser aplicada a todos os rótulos. Mas sobre isso vamos falar dentro de mais alguns dias…


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André Andrès

Há mais de 10 anos escrevo sobre vinhos. Não sou crítico. Sou um repórter. Além do conteúdo da garrafa, me interessa sua história e as histórias existentes em torno dela. Tento trazer para quem me dá o prazer da sua leitura o prazer encontrado nas taças de brancos, tintos e rosés. E acredite: esse prazer é tão inesgotável quanto o tema tratado neste espaço.

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