fbpx

Coluna Vitor Vogas

Entrevista: “Pazolini não foi eleito sozinho”, desabafa Capitã Estéfane

Falando à coluna, vice-prefeita de Vitória diz que, além da palavra cerceada, teve assessores exonerados pelo prefeito após o 1º turno. Ela se considera vítima de violência política de gênero. “É um completo desrespeito. Estou tentando exercer o meu mandato, mas estou sendo impedida.”

Publicado

em

Capitã Estéfane é vice-prefeita de Vitória. Foto: arquivo pessoal

Há algum tempo já eram fartos os sinais de que o relacionamento político do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), com a vice-prefeita, Capitã Estéfane Ferreira (Patriota), ia de mal a pior, mas os últimos três dias expuseram o distanciamento entre os dois de maneira gritante. E, se por acaso persistisse alguma dúvida quanto a isto, a entrevista abaixo, concedida à coluna pela Capitã Estéfane na noite desta terça-feira (8), trata de derrubá-la: prefeito e vice-prefeita estão definitivamente rompidos.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

“Desde que eu entrei na campanha de 2020, só trouxe agregação, ideias e projetos para ajudarem a gestão. Mas, não sei por qual motivo, sempre fui esvaziada”, desabafa ela. “Estou tentando exercer o meu mandato da melhor forma e fazer o melhor para a cidade, mas estou sendo impedida.”

Receba as notícias da coluna no grupo de Whatsapp do Vítor Vogas.

“Rompidos”, aliás, talvez não seja a melhor formulação, já que não se pode romper o que nunca existiu. Segundo a vice-prefeita, ela nunca chegou de fato a ser incorporada ao grupo político de Pazolini e, já na transição, após a vitória eleitoral de 2020, começou a perceber uma tentativa de afastá-la do centro da gestão. 

“No dia em que decidi participar da campanha, me foi dito que eu não seria uma vice figurativa, que eu teria voz na gestão, que eu teria autoridade com o secretariado, mas isso não foi cumprido. Já na transição, comecei a sentir isso. E, por causa disso, pedi uma certa estrutura de gabinete. Nunca tive mais que cinco cargos na prefeitura, num universo de 750 cargos.” 

Agora, nem mais esses cinco cargos. Ela conta que, no último dia 31, primeiro dia após o 2º turno, o prefeito exonerou três dos quatro servidores que a auxiliavam diretamente em seu gabinete. No 2º turno, Estéfane declarou apoio à reeleição de Casagrande e participou de atos de campanha do governador, de quem Pazolini é adversário. 

Em paralelo, como a própria vice-prefeita fez questão de externar em suas redes sociais, o prefeito e o cerimonial da Prefeitura de Vitória vêm lhe negando o direito à fala, impedindo-a de se pronunciar em eventos oficiais. Numa entrega de viaturas para a Guarda Municipal na última segunda (7), não lhe passaram a palavra. Nesta quarta (9), em cerimônia no Centro de Vivência da Terceira Idade em Jardim Camburi, o microfone foi literalmente disputado e tirado da mão de Estéfane pelo prefeito, como prova um vídeo que viralizou

“É uma postura antidemocrática de silenciar uma representante da cidade que está ali. É falta de respeito, é falta de educação. […] É um completo desrespeito com o cargo que exerço”, indigna-se a vice-prefeita.

Na avaliação de Estéfane, ela vem sofrendo algo que pode ser tipificado como violência política de gênero: 

“Muitas ações que aconteceram comigo foram nesse sentido: de me silenciar, de atrapalhar as iniciativas que tive em prol da cidade e em prol de uma caminhada política. Então, com certeza. […] É uma coisa difícil de a gente trazer para a materialidade, mas é, sim, uma forma de cercear o exercício pleno do meu mandato. Eu fui eleita pelo povo. Fui eleita junto com o prefeito. Ele não foi eleito sozinho.”

> Análise: Quem será o próximo presidente da Assembleia Legislativa?

Procurada pela coluna na tarde desta quarta-feira, a assessoria da Prefeitura de Vitória reafirmou o total respeito do prefeito Pazolini à vice-prefeita e disse que ela chegou à solenidade no Centro de Vivência de Jardim Camburi com o evento já em andamento. Quanto às exonerações, a assessoria ratificou “a premissa da administração de reduzir em 50% o número de cargos comissionados e de nomear profissionais priorizando o critério técnico e a gestão por resultados”.

A nota completa da prefeitura pode ser lida após a entrevista da vice-prefeita, cuja íntegra você confere abaixo:

Na tarde de segunda-feira (7), logo após a cerimônia de entrega de viaturas para a Guarda Civil Municipal de Vitória na Praça Costa Pereira, a senhora fez uma publicação em suas redes sociais dizendo que, pela primeira vez, não teve direito a fala. O que aconteceu, exatamente? A senhora chegou a pedir a palavra e não lhe concederam?

Na verdade, eu não cheguei a pedir a oportunidade de fala. Primeiro porque a gente percebe. Bom senso e educação cabem em qualquer lugar, e a deselegância nunca foi uma característica minha. Eu não iria interromper ou causar algum tipo de tumulto ou barraco no cerimonial. Mas a ordem de fala é sempre: primeiro os técnicos, depois os políticos, depois eu, depois o prefeito, que é sempre o último que fala. Foi dada a oportunidade de fala para os vereadores presentes, para o suplente de vereador [Leonardo Monjardim] e, depois da fala do último vereador, quando seria minha vez, foi passada a palavra diretamente para o prefeito. Ele não citou o meu nome nas nominatas. Citou os nomes das outras pessoas e desconsiderou a minha presença. Na verdade, isso já tinha acontecido outras vezes.

Quando? 

Em eventos externos e internos. Na visita da ministra Damares, também houve uma tentativa de me tirar do cerimonial, mas aí eu percebi e pedi o direito de fala de uma forma discreta. Causou um certo desconforto. Ninguém percebeu, mas entendi que a tentativa era de me tirar a fala. E, numa reunião de secretariado também, o prefeito tentou não me dar a fala. Eu o interrompi, e ele quis dizer que eu estava sendo mal-educada, mas na verdade eu sabia que a intenção dele era não me dar a palavra. Eu fiz uso da fala. Foi desagradável, mas foi numa reunião interna, então não vejo como uma coisa tão grave. E agora de novo essa postura antidemocrática de silenciar uma representante da cidade, que está ali. É falta de respeito, é falta de educação. Mas é uma decisão que ele tomou ali. De ontem para hoje [segunda para terça], nós estivemos presentes em dois outros eventos. No evento de manhã, não teve cerimonial, então ninguém falou. No da tarde, para sanção da lei do abono para os servidores, teve cerimonial, mas ninguém foi citado, e só o prefeito falou. A intenção era não me deixar falar. Nesses eventos, é normal deixar as autoridades presentes falarem, mas não foi dada a palavra a ninguém, só para que eu não falasse. Eu não sei até quando as pessoas vão ficar sem fala nos eventos da prefeitura para que eu não possa falar. 

Na sua interpretação, por que isso está acontecendo? 

Todas as vezes que eu tentei ter uma estrutura de trabalho na prefeitura, senti algumas “correções”. Em 2020, como candidata a vice-prefeita, entrei numa campanha onde trouxe muito valor agregado, de imagem e de volume financeiro para a campanha. Não fiz nenhuma negociação política, porque entendia que era uma proposta diferente. Entendia que era uma forma diferente de fazer política, que nós iríamos construir tudo juntos. Isso me foi dito no dia em que decidi participar: que eu não seria uma vice figurativa, que eu teria voz na gestão, que eu teria autoridade com o secretariado, mas isso não foi cumprido. E, já na transição, comecei a sentir isso. E, por causa disso, eu pedi uma certa estrutura de gabinete. Nunca tive mais que cinco cargos na prefeitura, num universo de 750 cargos.

Todos vinculados à estrutura do gabinete da vice-prefeita?

Isso é um problema. No município, não existe uma previsão jurídica de cargos para o vice. O vice está dentro da estrutura da Secretaria de Governo. Então o espaço que você tem politicamente depende do bom senso, da relação política, da defesa partidária, porque não se faz nada sem equipe. E nunca tive mais que cinco pessoas na Prefeitura de Vitória: quatro no meu gabinete e uma que presta serviços fora, que a gente chama de “estrutura”. Após o fim do processo eleitoral, na segunda-feira passada, dia seguinte ao 2º turno, das quatro pessoas que trabalhavam no meu gabinete, três foram exoneradas, sem nenhum tipo de comunicação. Só ficou a que ganha o menor salário, que atende o telefone para mim. Fiz imediatamente um documento pedindo esclarecimentos, mas até agora não fui respondida, mesmo tendo cobrado diversas vezes o secretário de Governo.

Tanto essa “cassação” do seu direito de fala em solenidades públicas como essas exonerações podem ser atribuídas a seu apoio à reeleição de Casagrande? A senhora vincula isso ao seu posicionamento durante as eleições, como formas de retaliação por parte do prefeito? 

Eu não tenho como afirmar, porque ele é que deveria afirmar por que está fazendo isso. Mas, como ele não conversa comigo, só posso me reportar formalmente e ainda assim não tenho resposta, como nesse caso. Eu não entendo uma razão. Desde que entrei na campanha de 2020, só trouxe agregação, ideias e projetos para ajudarem a gestão. Mas, não sei por qual motivo, sempre fui esvaziada. Tive várias iniciativas. Uma vez fiz um evento muito bacana de valorização das servidoras, no início da gestão. A gente envolveu todas as servidoras, as secretárias. Fiz questão que o prefeito assinasse o certificado da homenagem, porque sempre deixei claro que ele é o prefeito e não quero o lugar dele. Quero o meu lugar e quero ser respeitada pelo meu mandato. O mandato dele é dele. Homenageamos uma mulher de cada pasta. E o prefeito não foi ao evento e fez uma reunião com aproximadamente dez pessoas na Secretaria de Segurança para o Dia da Mulher. Não desmerecendo, mas é nitidamente uma forma de dizer que não quer participar. No dia da solenidade do torneio de tiro da Guarda Municipal organizado por mim, ele marcou uma reunião com o secretariado no mesmo horário, não foi e não deixou os secretários participarem. Então, assim, não posso afirmar que foi exclusivamente por conta do meu apoio a Casagrande. Mas é um completo desrespeito com o cargo que exerço.

Vocês dois não se falam? 

Conversei com Pazolini, se tanto, cinco vezes depois que fomos eleitos. Na maioria das vezes, tomei chá de cadeira e fiquei esperando horrores. Tinha que ficar praticamente implorando lá para ser atendida. Tenho educação, mas tenho dignidade, então não vou ficar me prestando a esse papel.

Qual foi a última vez que vocês conversaram? 

Eu o vejo sempre, o cumprimento, faço menções respeitosas a ele, até pela função que ele exerce. Mas eu conversar diretamente com ele, deve ter mais de um ano que não converso. 

E, além de ocupar o cargo político de vice-prefeita e de ser a primeira substituta do prefeito em caso de ausência, quais são as suas atribuições práticas na administração Pazolini atualmente? A senhora coordena algum projeto, algum programa? 

Nós temos um trabalho muito ativo desde a eleição. Primeiro que atendo a muitas pessoas que levam demandas coletivas, demandas rotineiras, ideias, projetos para apresentar, porque as pessoas às vezes não conseguem falar com o prefeito e com os secretários, ou simplesmente se sentem mais à vontade em falar comigo, elas me procuraram e eu recebo. Mas nós temos várias iniciativas. Junto com a Câmara, conseguimos fazer uma audiência pública para fazer um debate sobre a responsabilidade do município na promoção da segurança pública. Nós tivemos a iniciativa de implantar a escola cívico-militar no município. Também não houve muito esforço de fazer a coisa dar certo. Também teve muitos outros impedimentos, como problema de efetivo, mas a gente sente a movimentação… 

Mas são iniciativas suas, que a senhora faz por conta própria, ou é algo institucional, abraçado pela administração? 

Não, a gente faz de forma direta. Sempre busquei envolver a gestão, valorizar a participação do prefeito. Mas, quando percebi que ele não fazia questão, eu continuei convidando, mas sem criar expectativas de que ele fosse participar. 

Então não são iniciativas oficiais da prefeitura?

São, porque eu faço parte da prefeitura, mas não têm um aval, um diálogo ou uma criação compartilhada com o prefeito, não.

Acompanhando suas redes sociais, notamos que a senhora de fato tem uma agenda própria bem intensa, mas parece uma agenda totalmente paralela à do prefeito e à da própria prefeitura. Para citar um exemplo recente, a senhora fez uma visita técnica à Ciclovia da Vida, sem a participação de Pazolini, mas com a presença do prefeito e do vice-prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo e Victor Linhalis. Essa agenda é a senhora mesma quem constrói por sua conta? 

Sim, a gente recebe muitos convites oficiais. E isso é bom para o relacionamento da gestão com a cidade. Alguns chegam para mim e para o prefeito. Outros chegam exclusivamente para mim. E, a partir daí, são estabelecidas parcerias muito bacanas. A gente consegue coisas muito boas, mas não são institucionalizadas. A gente não pode contar com recursos da prefeitura. Eu conto com a influência do meu cargo político, com os caminhos que isso abre e com as parcerias externas que conseguimos. As iniciativas que eu tomo individualmente, como vice-prefeita, não recebem o suporte da estrutura da prefeitura, nem mesmo a cobertura midiática dos canais oficiais da prefeitura, mesmo sendo requerida.

A senhora foi eleita em 2020 na chapa liderada por Pazolini, evidentemente, como aliada dele. Hoje, a senhora se considera aliada do prefeito? 

Desde que fomos eleitos, senti um afastamento, como se eu incomodasse. E aí sei separar muito bem as coisas. Não crio expectativa sobre amizade nem algum tipo de sentimento. O que entendo hoje é funcional. Eu estou vice-prefeita de Vitória até 2024 e, enquanto eu estiver em posse desse cargo, quero trabalhar para que o melhor para o nosso município aconteça. Todas as ações do prefeito que enalteçam a cidade terão o meu apoio. E todas as ações que outros atores políticos tiverem também. O governador Renato Casagrande terá mais quatro anos de mandato. Ele investiu em algumas coisas em Vitória. Acredito que ele vá continuar investindo. É por isso que fui à Ciclovia da Vida, porque a Terceira Ponte favorece Vitória e é um local muito triste. Nós que somos da área de segurança sabemos que o número de suicídios ali era muito alto. Então essa é uma intervenção muito positiva também para o município de Vitória. As ações que favorecem o município terão sempre o meu apoio. E quero sempre ajudar a construí-las, independentemente de quem for a pessoa que esteja à frente. 

Então como a senhora descreve o seu relacionamento político atualmente com o prefeito? 

Não sei se esta é a palavra adequada, mas colocaria que é profissional. É profissional.

A senhora não pertence ao grupo político dele?

Não. Nunca pertenci.

Não se sente parte do grupo político dele? 

Não. 

E, até por ter apoiado de modo tão veemente a reeleição do atual governador, a senhora hoje se consideraria mais próxima ao grupo político de Casagrande que ao grupo político de Pazolini? 

Eu sempre fui muito bem recebida pelo governador, mesmo quando o ambiente era de muita tensão, de muita oposição entre gestão municipal e gestão estadual. Eu vejo isso como uma nobreza de caráter muito grande. Ele sempre me viu como vice-prefeita e sempre me respeitou como vice-prefeita, sempre me referenciou em todos os eventos, inclusive dentro da Polícia Militar. Em todos os eventos que fui e que ele estava, ele sempre citou o meu nome, e isso não é comum. Não era um gesto de proximidade ou de amizade, mas era um gesto de respeito, que eu valorizo muito. Mas, quando manifestei apoio ao governador, não foi com essa intenção e sim por acreditar que ele de fato era a melhor opção para o nosso estado. Mas eu fui, sim, muito bem recebida pelo grupo dele. Não começamos a construir nada nesse sentido, mas o futuro está em aberto.

Pois é. A próxima eleição municipal está aí, batendo à porta. E, como a gente sabe, os políticos já saem de uma eleição pensando na seguinte. Onde a senhora se vê daqui a dois anos? Quais são seus planos para 2024? 

Estou num momento muito reflexivo. Meu plano hoje para minha vida política é cumprir o meu mandato de vice-prefeita. Eu ainda não consegui assimilar se serei novamente candidata ou se prefiro apoiar algum candidato e construir algo que seja benéfico para a cidade e para o Estado, mas sem estar à frente de um mandato. 

A senhora cogita ser candidata a prefeita? 

Não. Isso é uma possibilidade muito remota (risos).

Passa pela sua cabeça?

Talvez não neste momento. 

Se não em 2024, no futuro? 

A política é muito fluida e muito mutável. Dependendo da conjuntura, pode ser que sim. Mas hoje não é um desejo do meu coração.

A senhora pode ser candidata a vereadora ou seria, digamos, pouco para quem já foi vice-prefeita?

Não, não acho que seja pouco. Cada mandato cumpre o seu papel social. Mas eu preciso agora conversar com as pessoas que me ajudaram em minha candidatura a deputada federal.

Por último, a senhora avalia que tem sido vítima de violência política de gênero?

A tipificação “violência política de gênero” abrange muitas coisas, e uma delas é impedir ou atrapalhar uma mulher de exercer o seu mandato ou de se pronunciar, de ter a sua vida política exercida de forma plena. E muitas ações que aconteceram comigo foram nesse sentido: de me silenciar, de atrapalhar as iniciativas que tive em prol da cidade e em prol de uma caminhada política. Então, com certeza. Como falei, hoje tenho uma assessora que ganha R$ 1,5 mil, numa prefeitura da capital do Estado, que tem mais de 365 mil habitantes, pelo último Censo do IBGE, que é de 2010. Então como eu lido com esses munícipes sem nenhum tipo de assessoria? Isso é, sim, um cerceamento da minha capacidade de exercer o meu mandato. Estou tentando exercer o meu mandato da melhor forma e fazer o melhor para a cidade, mas estou sendo impedida. Então é uma coisa difícil de a gente trazer para a materialidade, mas é, sim, uma forma de cercear o exercício pleno do meu mandato. Eu fui eleita pelo povo. Fui eleita junto com o prefeito. Ele não foi eleito sozinho.

O OUTRO LADO: RESPOSTA DA ASSESSORIA DO PREFEITO

Eis a nota na íntegra:
O Prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, afirma seu total respeito à vice-prefeita Capitã Estéfane.
O Artigo 104 da Lei Orgânica Municipal prevê que o (a) Vice-Prefeito (a) “substituirá o (a) Prefeito (a) Municipal, no caso de impedimento ou licença, e suceder-lhe-á no de vaga, o Vice-Prefeito (a)”.
O Artigo 104 ainda prevê que “o (a) Vice-Prefeito (a), além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, auxiliará o Prefeito (a) Municipal sempre que por ele convocado para missões especiais”.
Na ocasião citada, o Prefeito estava presente no local, e a Vice-Prefeita chegou com a agenda em andamento.
No dia 09 de fevereiro de 2021, a Capitã foi nomeada Secretária Municipal da Cultura, conforme Decreto n⁰ 18.835/21, cargo este que preferiu não assumir. 
Cabe acrescentar que a Vice-Prefeita foi designada para coordenar a organização e entrega da principal política pública em Defesa da Mulher do município, a Casa Rosa, trabalho que incluiu outras secretarias da municipalidade. Politica pública instituída por meio do Decreto n⁰ 20.084/21.
É importante destacar ainda que a Vice-Prefeita sempre teve e tem oportunidade de fala nos eventos oficiais e possui interlocução com todos os secretários e o prefeito, que estão integralmente à disposição para proposições, críticas e diálogo. Um exemplo disso foi a agenda realizada no início da manhã da última  segunda-feira, quando a vice-prefeita falou aos presentes. 
Na solenidade desta quarta-feira (09), a Vice-Prefeita chegou quando a solenidade já estava se aproximando do fim. Era uma agenda com idosos e, buscando não prolongar a atividade e seguindo a Lei Orgânica Municipal, a fala foi conduzida pelo prefeito. 
Em relação aos cargos alegados pela Vice-Prefeita, é imperativo ratificar a premissa da administração de reduzir em 50% o número de cargos comissionados e de nomear profissionais priorizando o critério técnico e a gestão por resultados.

Valorizamos sua opinião! Queremos tornar nosso portal ainda melhor para você. Por favor, dedique alguns minutos para responder à nossa pesquisa de satisfação. Sua opinião é importante. Clique aqui

Vitor Vogas

Nascido no Rio de Janeiro e criado no Espírito Santo, Vitor Vogas tem 38 anos. Formado em Comunicação Social pela Ufes (2007), dedicou toda a sua carreira ao jornalismo político e já cobriu várias eleições. Trabalhou na Rede Gazeta de 2008 a 2011 e de 2014 a 2021, como repórter e colunista da editoria de Política do jornal A Gazeta, além de participações como comentarista na rádio CBN Vitória. Desde março de 2022, atua nos veículos da Rede Capixaba: a TV Capixaba, a Rádio BandNews FM e o Portal ES360. E-mail do colunista: [email protected]

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.