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Coluna André Andrès

Dez vinhos premiados que você encontra por menos de R$ 100

Relação traz rótulos de diversos países e inclui brancos, tintos, espumantes e vinhos de sobremesa

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A relação dos vinhos premiados e de preços acessíveis. Foto: Divulgação

A relação dos vinhos premiados e de preços acessíveis. Foto: Divulgação

As leituras possíveis a partir da lista do Top Five, a premiação da Vitória Expovinhos, são muito diversificadas. Pode-se constatar, por exemplo, a evolução dos vinhos produzidos no Brasil. Ou a consolidação no mercado nacional de rótulos saídos de Portugal. Há algo, no entanto, capaz de atender tanto quem procura pelo conhecimento quanto quem busca agradar o paladar e o bolso: a relação dos vinhos premiados e de preços acessíveis. Atende-se ao conhecimento porque a relação sempre traz novidades. E atende ao paladar e ao bolso porque é sempre bom provar algo de qualidade sem gastar muito. Antes de chegar a essa lista é bom destacar: a relação completa dos vinhos escolhidos pelo corpo de jurados conta com garrafas encontradas no mercado por R$ 200, R$ 300 e até R$ 400. Isso sem contar com outras, ainda mais caras, incluídas na prova, mas sem terem conseguido a premiação. Em outras palavras, a relação a seguir é uma boa lista de vinhos de ótimo custo-benefício e vencedores de uma boa e saborosa disputa.

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Casa Galiotto. Foto: Divulgação

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Galiotto Chardonnay – Uma das surpresas da lista. A Galiotto tem se dedicado a produzir vinhos finos de alguns anos para cá. Os rótulos populares ainda são o forte da vinícola de Flores da Cunha, capaz de produzir oito milhões de litros ao ano. Uma pequena parcela desse total é de vinhos de elaboração mais refinada. O Chardonnay da Galiotto é leve, de baixa graduação alcoólica para os padrões atuais (12,5%) e com muitos toques de frutas. Para tomar de forma descompromissada.
R$ 40

Santa Ema Gran Reserva Chardonnay

Santa Ema Gran Reserva Chardonnay – A linha produzida sob coordenação de Andrés Sanhueza consegue manter sua qualidade acima do preço em todas as faixas. Vinhos de entrada, de R$ 40, são muito honestos. Os rótulos Gran Reserva acompanham essa tendência. Esse é um Chardonnay com a tipicidade dessa casta quando produzida no Chile, apresentando muita cremosidade, toques de amêndoa tostada e manteiga. É muito gostoso.
R$ 99

Vinho Toro de Piedra, chileon

Toro de Piedra Chardonnay – A enóloga portuguesa Filipa Morgado apresentou os vinhos da Toro de Piedra durante a feira em Vitória. Orgulhou-se, naturalmente, da premiação do Toro de Piedra Chardonnay, um branco chileno extremamente macio e muito marcante tanto nos aromas quanto no paladar. O vinho impressiona pela sua permanência em boca. Sente-se o seu sabor por largo tempo, mesmo após ele ter sido saboreado. Exemplo muito bem acabado do Chardonnay feito no Chile.
R$ 92

Conde de Cantanhede Bairrada DOC Reserva – A cooperativa Cantanhede tem uma linha tão vasta quanto variada. E muito boa. É mais um caso de vinho de qualidade bem superior ao preço a partir de suas linhas mais básicas, encontradas a partir de R$ 40. Esse tinto é feito com uma uva nem sempre fácil de ser domada, a Baga. Vinho redondo, macio, bem feito e estruturado, capaz de envelhecer muito bem. Altamente recomendável.
R$ 98

Espumante Casa Perini Nature

Espumante Casa Perini Nature – Benildo Perini, o patriarca da Casa Perini, estabelece uma divisão clara na história da vinícola: antes e depois do intenso trabalho feito pelo grande enólogo Mario Geisse. Os anos passados por Geisse na Perini resultaram em uma melhoria considerável de seus vinhos, principalmente os espumantes. Nature é o nome dado ao espumante feito sem o licor de expedição, ou seja, natural, com uma dosagem de açúcar bem baixa (máximo de 3 gramas por litro). O nature da Casa Perini usa a mescla clássica de Pinot Noir e Chardonnay. É bem seco. Muito refrescante. E muito bem feito.
De R$ 90 a R$ 120

Aurora Pinto Bandeira

Aurora Pinto Bandeira Extra Brut – Da região de Pinto Bandeira, ao lado de Bento Gonçalves (RS) saem alguns dos melhores espumantes e brancos do país. Estão ali grandes produtores, como Valmarino e Cave Geisse, por exemplo. A Aurora mantém por lá um bom espaço para plantar suas próprias uvas. O maior volume de produção da vinícola vem de uvas produzidas pelos integrantes da cooperativa, grande parte usada para vinhos populares e sucos. Extra brut é o espumante com até 8 gramas de açúcar por litro. A mescla usada pela Aurora leva Chardonnay (60%), Pinot Noir (30%) e Riesling Itálico (10%). Ótimo representante de uma região cada vez mais conhecida por sua alta qualidade.
R$ 79,00

 

LATE HARVEST MORANDÉ

Late Harvest Morandé – A Morandé já não mais pertence a Don Pablo Morandé, lenda viva do vinho chileno. No entanto, a vinícola ainda mantém todos os padrões de qualidade estabelecidos por um dos responsáveis pela fama e glória da produção chilena. Para quem não sabe, late harvest (ou colheita tardia) é o vinho feito com uvas colhidas bem depois de seu amadrurecimento. Ela perde líquido, ganha dulçor. Daí surge o vinho de sobremesa, denso, licoroso. Esse rótulo da Morandé é feito com Sauvignon Blanc. Impressiona na taça por todas as qualidades. Líquido dourado, sabores e aromas marcantes. Pode ser tomado sem nada para acompanhar. Mas vai muito bem também com queijos azuis (gorgonzola, roquefort) ou com doces sem muito açúcar. A garrafa é de 375 ml. Não ligue para isso, porque as doses são naturalmente menores. Uma delícia de vinho.
R$ 75

Angelo Galiotto – O outro vinho premiado da Galiotto na Vitória Expovinhos foi feito em homenagem ao patriarca da família, Angelo Galiotto. Trata-se de uma combinação de Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat. O mosto passa 12 meses em barricas de carvalho americano e francês e mais 12 meses em garrafa antes de ir ao mercado. Essa guarda deixa o vinho com boa vida pela frente. Na taça, apresenta notas de frutas maduras e a madeira empresta toques de coco. Tinto bem equilibrado.
de R$ 70 a R$ 130

Vinho Manke. Foto: Divulgação

Manke Gran Reserva – Vinho desenvolvido por Vanderlei Martins, um dos desbravadores do mundo do vinho no Espírito Santo, em conjunto com a vinícola Tagua Tagua, no Chile. Trata-se de uma mescla clássica de Cabernet Sauvignon, Carménère e Merlot. A linha é composta por outros dois rótulos, o Clássico (cerca de R$ 40) e o Reserva (em torno de R$ 60). O Gran Reserva, premiado agora no Top Five, recentemente recebeu 90 pontos de James Suckling. Ótima opção.
R$ 89

 

Casillero Del Diablo Dark Red

Casillero Del Diablo Dark Red – Uma variação da linha Casillero Del Diablo, uma das mais vendidas do mundo. A gigantesca Concha y Toro tem uma produção grandiosa, das maiores do planeta. E faz desde o Reservado, tão conhecido quanto o Casillero, até alguns dos ícones chilenos, como o Don Melchor. O Dark Red é um blend “secreto”, ou seja, a vinícola não revela as castas componentes do vinho. Faz parte do marketing, muito forte no caso do Casillero, rótulo em torno do qual se construíram muitas histórias, verídicas ou não. Para aumentar as lendas em torno desse vinho, ele é amadurecido por 6 meses, 6 semanas e 6 dias em barricas de carvalho. Número cabalísticos à parte, o vinho é bem potente e estruturado.
R$ 92,00

Todos os preços foram encontrados em lojas online. Mas muitos desses vinhos são encontrados, por valores semelhantes, em lojas físicas.


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André Andrès

Há mais de 10 anos escrevo sobre vinhos. Não sou crítico. Sou um repórter. Além do conteúdo da garrafa, me interessa sua história e as histórias existentes em torno dela. Tento trazer para quem me dá o prazer da sua leitura o prazer encontrado nas taças de brancos, tintos e rosés. E acredite: esse prazer é tão inesgotável quanto o tema tratado neste espaço.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.