Coluna Vitor Vogas
Álbum da Tropa: os 11 jogadores do time Casagrande essenciais para sua vitória
Coluna escala os apoiadores do governador que podem ser considerados figurinhas carimbadas em sua campanha rumo à reeleição
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Apresentamos, abaixo, as 11 figuras políticas que formam o time de apoiadores fundamentais para a reeleição de Casagrande no 2º turno, contra Manato, no último domingo (30). O álbum inclui jogadores que se empenharam profundamente na campanha e cumpriram papel estratégico inestimável de norte a sul do Espírito Santo, segundo fontes do Palácio Anchieta, começando por…
1. Ricardo Ferraço (PSDB)
Ocultado no horário eleitoral durante todo o 1º turno, Ricardo tornou-se uma peça-chave da campanha no 2º. Para quebrar resistências do setor produtivo a Casagrande, encarregou-se pessoalmente do diálogo com empresários capixabas. Nas redes sociais e nos programas de rádio e TV, deu vários depoimentos voltados para o eleitorado de direita e de Bolsonaro, dizendo que quem governaria o Espírito Santo não seria o presidente, que o Estado deveria ser colocado “em primeiro lugar” e que ele e Casagrande estavam prontos para governar com qualquer um.
De quebra, fez a interlocução com o setor de mármore e granito em Cachoeiro e ajudou a reduzir a vantagem de Manato para Casagrande do 1º para o 2º turno em sua cidade, a maior da região Sul do Estado.
2. Euclério Sampaio (União Brasil)
Abrindo a “cortina de ferro” do governador na Grande Vitória, o prefeito de Cariacica liderou a campanha na cidade, onde Casagrande derrotou Manato por mais de 20 mil votos.
3. Arnaldinho Borgo (Podemos)
Nesse “cinturão de segurança” formado por prefeitos da Grande Vitória, a cidade que mais preocupava era Vila Velha, por ter se transformado em um reduto bolsonarista nos últimos tempos (vide a concentração dos golpistas sem noção na Prainha após o resultado da eleição). No 1º turno, Casagrande teve cerca de 3 mil votos a mais que Manato. No 2º, incrivelmente, a vantagem subiu para 10 mil votos.
Arnaldinho desempenhou papel decisivo nessa sustentação. Ao lado do vice-prefeito Victor Linhalis (Podemos), eleito deputado federal, e do próprio governador, o prefeito foi para as ruas diversas vezes pedir votos para Casagrande. Também chegou a organizar um grande evento de campanha com empresários da cidade.
4. Sérgio Vidigal (PDT)
Assim como os dois anteriores, o prefeito da Serra ajudou a garantir a vitória de Casagrande em sua cidade, colégio eleitoral onde o governador botou a maior diferença sobre Manato: cerca de 40 mil votos. Ainda ajudou a impor uma dupla derrota a seu adversário local, Audifax Barcelos (sem partido).
5. Wanderson Bueno (Podemos)
Fechou esse “cerco” a Manato na Grande Vitória, apoiando Casagrande em Viana.
6. Capitã Estéfane (Patriota)
Muito mais que pelo poder de transferir votos, a entrada da vice-prefeita de Vitória na campanha de Casagrande no 2º turno foi muito importante pelo aspecto simbólico. Num momento em que o governador precisava reverter votos entre militares e evangélicos ou pelo menos obter a atenção desses segmentos, ela, uma oficial da PMES evangélica, deu uma declaração incisiva em favor dele.
Ainda mostrou que uma parte da gestão Pazolini (e não uma parte qualquer) estava do lado de Casagrande, embora o prefeito seja adversário do governador. Dos apoios menos esperados, foi o que causou o maior rebuliço no 2º turno, inclusive dentro da PMES.
Tirando a pequena Fundão, Vitória foi a cidade da Região Metropolitana onde Casagrande obteve a maior votação proporcional.
7. Enivaldo dos Anjos (sem partido)
Em 2020, o “coronel da Assembleia” voltou a se eleger prefeito de sua terra, Barra de São Francisco. Agora, dando nova prova de sua força político-eleitoral em sua região, coordenou a campanha de Casagrande no Noroeste do Estado, onde Manato não teve a menor chance em nenhum município. Enivaldo ainda ajudou (e muito) a eleger seu sobrinho Mazinho dos Anjos (PSDB) para a Assembleia Legislativa.
8. Guerino Balestrassi (PSC)
Coordenador da campanha de Casagrande em Colatina, outro reduto bolsonarista quase indevassável, o prefeito ajudou a segurar as pontas no município, impedindo que a vantagem de Manato crescesse do 1º para o 2º turno. A primeira-dama, Mara Balestrassi, também desempenhou protagonismo na articulação política e na interlocução com padres, pastores, educadores e movimentos sociais.
9. Daniel da Açaí (PSDB)
Colando o adesivo de Casagrande por cima daquela camiseta preta que já sai andando e pedindo votos sozinha, o prefeito de São Mateus ajudou a garantir a vitória folgadíssima no segundo município mais populoso do Norte do Estado e não só ali: proporcionalmente, o governador obteve suas votações mais expressivas em cidades do extremo Norte como Ponto Belo, Mucurici e Conceição da Barra.
Obs: Aliados juram que dessa vez não teve distribuição de água mineral.
10. Gilson Daniel (Podemos)
Enquanto seu afilhado político, Wanderson Bueno, tocava a campanha em Viana, o deputado federal eleito percorreu o Estado inteiro pedindo votos para Casagrande. Sol no lombo e solas de sapato gastas (como ele fez questão de publicar).
11. Jackeline Rocha (PT)
Amaram que Casagrande, por pragmatismo, tenha decidido não abraçar a campanha de Lula? Não amaram. Ficaram muito satisfeitos em ter que dividir a coligação com outros aliados do governador que apoiavam Bolsonaro e declaravam voto nele? Nem um pouco. Deram vivas pelo fato de o vice de Casagrande ter sido o autor da reforma trabalhista aprovada em 2017? Muito menos.
Apesar de tudo, porém, os líderes e as bases do PT se empenharam incansavelmente na campanha pela reeleição do governador, como se ele fosse filiado ao partido. Aqui incluo Jackeline Rocha como presidente estadual da sigla e deputada federal eleita, mas é preciso citar o engajamento de João Coser, Karla Coser, Helder Salomão e Iriny Lopes, entre outros petistas a quem o governador também deve sua reeleição.
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