Assembleia: veja quem são os deputados escalados para a Mesa na chapa de Marcelo 

Marcelo Santos preside sessão na assembleia. Foto: Ana Salles/Ales

A cinco dias da eleição da próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, a chapa do deputado Marcelo Santos está pré-escalada. A formatação ainda pode mudar, mas tem boas chances de se consolidar. No momento é a seguinte: 

Presidente: Marcelo Santos (Podemos)

1º secretário: Fabrício Gandini (Cidadania)

2ª secretária: Raquel Lessa (PP)

1º vice-presidente: João Coser (PT)

Além dos ocupantes dos quatro cargos principais, uma chapa deve ser formada por outros três integrantes. Faltam o 2º vice-presidente, o 3º secretário da Mesa e o 4º secretário. 

No total, a chapa de Marcelo já contaria com o apoio seguro de 18 dos 30 deputados na iminente disputa contra a chapa liderada por Vandinho Leite (PSDB), segundo aliados de Marcelo e do governador Renato Casagrande (PSB) ouvidos pela coluna. O número pode chegar a 20, caso Sérgio Meneguelli (Republicanos) e Camila Valadão (PSol) também assinem. 

> Os 10 motivos que levaram Casagrande a apoiar Marcelo contra Vandinho – Parte 1

Mesmo em minoria numérica, Vandinho mantém-se inabalável até o momento. Tanto ele como seus principais apoiadores, Hudson Leal (Republicanos) e Theodorico Ferraço (PP), garantem que vão registrar a chapa alternativa na próxima quarta-feira (1º), dia da posse dos deputados diplomados e da eleição da Mesa em plenário. 

No entanto, os articuladores políticos do Palácio Anchieta ainda não desistiram de buscar um acordo com o grupo de Vandinho. Se houver composição, naturalmente, a pré-formatação da chapa de Marcelo sofrerá alterações, pois então será necessário absorver o próprio Vandinho e/ou aliados do tucano em postos da Mesa. 

O desenho atual da chapa de Marcelo revela não somente as digitais, mas as duas mãos inteiras do governador. Desta vez, Casagrande botou o processo de escolha debaixo do braço. 

> Os 10 motivos que levaram Casagrande a apoiar Marcelo contra Vandinho – Parte 2

O acordo firmado com Marcelo passou exatamente por isto: em troca da declaração de apoio e orientação de voto à sua base, o Palácio (leia-se o governador) requereu autonomia total para montar a chapa em torno de Marcelo. Este, é claro, topou. Segundo um interlocutor de Marcelo, Casagrande quer “dor de cabeça zero” com a direção da Assembleia nos próximos dois anos. 

Esse objetivo transparece nos nomes escolhidos até o momento para ladear Marcelo na Mesa. Todos (Raquel e, principalmente, Gandini e Coser) são considerados deputados do círculo de confiança de Casagrande.

PSB cede (ou perde) espaço

Chama a atenção também a inexistência de um nome do PSB nas principais posições da chapa. O partido do governador terá três deputados na próxima legislatura: Dary Pagung, Tyago Hoffmann e Janete de Sá. Esta última é cotada para ser 2ª vice-presidente, mas esse é um posto de menor relevância. 

A ausência de um correligionário em posições destacadas na chapa do Palácio Anchieta denota, no mínimo, que o governo Casagrande entendeu que neste momento é estratégico reduzir o espaço do PSB no comando da Assembleia para prestigiar aliados de outras forças políticas e ampliar seu arco de alianças.

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