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Coluna Vitor Vogas

Como ficará a próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa

Eleição será na próxima segunda-feira (3), às 15 horas. Mas os principais membros da Mesa já estão definidos. Conheça-os aqui

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O plenário vazio da Ales. Foto: Lucas S. Costa

O plenário vazio da Ales. Foto: Lucas S. Costa

Neste sábado (1º), senadores e deputados federais elegerão as Mesas Diretoras que dirigirão as duas casas do Congresso Nacional no próximo biênio. Na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), a eleição será só na próxima segunda-feira (3), às 15 horas. Mas os principais membros da Mesa já estão definidos.

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O presidente Marcelo Santos (União) será reeleito, à frente de chapa única, e seus principais companheiros de chapa estão escolhidos. Haverá pouquíssimas mudanças em relação à Mesa atual, eleita em fevereiro de 2023.

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Ao lado de Marcelo, o 1º secretário será Hudson Leal (Republicanos), atual 1º vice-presidente.

Já a 2ª secretária seguirá sendo Janete de Sá (PSB).

O 1º vice-presidente passará a ser Dary Pagung (PSB), atual líder do governo. Na função de líder, Dary será substituído por Vandinho Leite (PSDB), já indicado pelo governador Renato Casagrande (PSB).

O 2º vice-presidente seguirá sendo Danilo Bahiense (PL). O 3º vice-presidente, cargo até então inexistente, será Alexandre Xambinho (Podemos), aliado de primeira hora de Marcelo Santos.

Falta preencher os suplentes dos secretários da Mesa, do 3º ao 6º secretário. Para ampliar a presença feminina na chapa, deputadas devem preencher algumas dessas posições – Camila Valadão (PSol), Raquel Lessa (PP) e/ou Iriny Lopes (PT).

A chapa foi montada por Marcelo Santos em diálogo com o Palácio Anchieta. Os nomes foram alinhados com o governador, cuja influência no processo foi expressiva. É uma composição que sem dúvida garante ao governo a estabilidade de que ele necessita na Assembleia.

Assim, a futura Mesa Diretora, com os principais membros já definidos, ficará assim:

Titulares

Presidente: Marcelo Santos (União)

1º secretário: Hudson Leal (Republicanos)

2º secretária: Janete de Sá (PSB)

Suplentes

1º vice-presidente: Dary Pagung (PSB)

2º vice-presidente: Danilo Bahiense (PL)

vice-presidente: Alexandre Xambinho (Podemos)

3º, 4º, 5º e 6º secretários: em aberto

A mudança de posições

Basicamente, a única mudança significativa em relação à Mesa atual é que Hudson, atual 1º vice-presidente, se tornará o 1º secretário no lugar de João Coser (PT), enquanto Dary assumirá o lugar dele na 1ª vice-presidência. Fora isso, tudo igual.

A ampliação da chapa

Vale lembrar que, até o atual biênio, a Mesa éformada por sete membros: além dos três titulares, há dois vice-presidentes e dois suplentes para os secretários.

Mas, em setembro passado, por iniciativa de Marcelo Santos, os deputados aprovaram resolução que criou mais cargos na Mesa (3º vice-presidente, além de 5º e 6º secretários), ampliando para dez o número de deputados necessários para compor uma chapa.

Na prática, após a eleição, isso não fará diferença alguma no dia a dia da Assembleia e na condução dos trabalhos. Independentemente do tamanho da Mesa, a realidade, desde os tempos do antecessor de Marcelo na presidência, Erick Musso (Republicanos), é que os poderes políticos e administrativos na Ales estão muito concentrados na figura do presidente.

Mesmo os dois primeiros secretários, como o nome da função sugere, secretariam os trabalhos da Mesa durante as sessões plenárias, mas foram tolhidos de qualquer poder na administração do Poder Legislativo. O presidente tem total autonomia para baixar os atos e decretos legislativos, sem precisar da assinatura de nenhum secretário.

Dary Pagung

A mudança da posição de Dary é a que tem relevância política na configuração da Mesa. A escalação do ex-líder do governo para a 1ª vice-presidência foi um consenso entre Marcelo e Casagrande, pois agrada muito aos dois. Além de extremamente leal ao governador, é um colega em quem Marcelo confia.

Com o esvaziamento dos poderes dos secretários, a 1ª vice-presidência tornou-se o posto mais importante da Mesa. Na ausência do presidente, ele é o substituto imediato na condução das sessões e votações em plenário.

Hudson Leal

Na composição parcial da Mesa, o único deputado que não pertence à base de Casagrande é Danilo Bahiense (PL), que continuará na 2ª vice-presidência.

Entre os titulares, a 2ª secretária, Janete de Sá (PSB), é correligionária e antiga aliada de Casagrande.

Já Hudson como 1º secretário chama atenção porque, até alguns meses atrás, estava afastado do governo Casagrande.

Na eleição passada para a Mesa, no começo de 2023, Hudson era um dos principais apoiadores de Vandinho Leite (PSDB), mas o movimento em prol do tucano foi derrubado por Casagrande. A poucos dias da eleição, o governador declarou apoio a Marcelo Santos e levou sua base a apoiá-lo. Indignado com o “pé na porta”, Hudson chegou a declarar a este espaço que a atitude do governador foi um “estupro político”.

Nos últimos meses, o deputado se reaproximou bastante do governo e se realinhou à base. Está sendo bem atendido na execução de emendas parlamentares e outras demandas. Hoje pode ser considerado mais um deputado governista.

O rito

A eleição da Mesa ocorrerá em sessão preparatória na segunda-feira, às 15 horas. O atual presidente presidirá o início da sessão, abrindo prazo para registro de chapas. Depois, deve transferir a presidência para Danilo Bahiense – como fez tantas vezes ao longo do último biênio –, para poder registrar a própria chapa. Será a única inscrita. Como ele mesmo é candidato, a votação, aberta e nominal, deverá ser conduzida por Danilo.

A chapa de Marcelo deve chegar muito perto da unanimidade.

As comissões permanentes

A Assembleia tem 18 comissões permanentes, cuja presidência é sempre alvo da cobiça dos deputados. No comando desses colegiados, também haverá poucas alterações. Só sete deverão passar por mudança na presidência: a de Justiça, a de Finanças, a de Agricultura, a de Cooperativismo, a de Educação, a de Política sobre Drogas e a de Saúde.

Eis a lista:

. Constituição de Constituição e Justiça

Atual presidente: Mazinho dos Anjos (PSDB)

Novo presidente: Dary Pagung (PSB)

. Finanças

Atual presidente: Tyago Hoffmann (PSB) ocupou o cargo até assumir a Secretaria de Estado da Saúde, no começo de janeiro

Novo presidente: Mazinho dos Anjos (PSDB)

. Agricultura

Atual presidente: Lucas Scaramussa (Podemos) exerceu o cargo até assumir a Prefeitura de Linhares, no dia 1º de janeiro

Novo presidente: Adilson Espindula (PSD)

. Assistência Social

Atual presidente (continua): Raquel Lessa (PP)

. Bem-Estar dos Animais

Atual presidente (continua): Janete de Sá (PSB)

. Ciência e Tecnologia

Atual presidente (continua): Pablo Muribeca (Republicanos)

. Cooperativismo

Atual presidente: cargo vago

Novo presidente: o cargo é disputado por Allan Ferreira (Podemos), Callegari (PL), Hudson Leal (Republicanos) e Marcos Madureira (PP)

. Cultura

Atual presidente (continua): Iriny Lopes (PT)

. Defesa do Consumidor

Atual presidente (continua): Vandinho Leite (PSDB)

. Direitos Humanos

Atual presidente: Camila Valadão (PSol)

. Educação

Atual presidente: Dary Pagung (PSB)

Novo presidente: indefinido, mas Dary não continua

. Infraestrutura

Atual presidente (continua): Alexandre Xambinho (Podemos)

. Meio Ambiente

Atual presidente (continua): Gandini (PSD)

. Política sobre Drogas

Atual presidente: Denninho Silva (União)

Novo presidente: indefinido, mas Denninho sairá, a pedido

. Proteção à Criança e ao Adolescente

Atual presidente (continua): Alcântaro Filho (Republicanos)

. Saúde

Atual presidente: Bruno Resende (União) é o favorito para seguir no cargo, mas este também é disputado por Callegari (PL), Fábio Duarte (Rede) e Hudson Leal (Republicanos)

. Segurança

Atual presidente (continua): Danilo Bahiense (PL)

. Turismo

Atual presidente (continua): Coronel Weliton (PRD)