O que virá em 2025 no mundo, no Brasil e no Espírito Santo?

O futuro reserva incertezas e possibilidades. Que 2025 seja um ano de crescimento e superação. Foto: Arquivo Pessoal

O psicólogo e Prêmio Nobel de economia Daniel Kahneman dizia que a ilusão de que se compreende o passado alimenta a ilusão adicional de que se pode prever e controlar o futuro. Porém é sempre uma tentação e até uma necessidade tentar imaginar o que pode acontecer, até para se prevenir. Então vamos nós.

No âmbito mundial, a grande fonte de especulações é sobre o que fará a dupla Trump/Musk e se fará o que têm anunciado. Deportações em massa, saída da OMS, afastamento da OTAN, disputas pelo Canal do Panamá, pela Groenlândia e até incorporação do Canadá, barreiras tarifárias contra meio mundo. Algumas propostas sobre a atuação de Israel e sobre a guerra Rússia/Ucrânia podem ter desdobramentos perigosos. Se Israel puder ficar com os territórios ocupados e a Ucrânia tiver que ceder parte do seu território, facilita a argumentação da China retomar Taiwan, ainda mais se a retórica de anexar outros territórios pelos EUA for em frente.

Os desdobramentos pelo lado social também podem ser explosivos. Redução da agenda ESG? Reação ao movimento woke? Negacionismo de vacinas?

Pelo lado da tecnologia, o ano será mais uma vez da Inteligência Artificial, ameaçando a hegemonia do Google, depois de 25 anos, criando agentes de IA capazes de executar tarefas complexas de forma autônoma e substituir departamentos inteiros, alimentando os robôs humanoides que estarão em toda parte, consumindo a energia do planeta para alimentar seus data centers e GPUs, provocando terremotos na geopolítica mundial pela sua propriedade e fazendo os governos correrem atrás do seu controle. Ao mesmo tempo, dando a esperança de auxiliar no desenvolvimento de novos medicamentos e na compreensão da vida.

No Brasil, uma economia que surpreende em crescimento, ao mesmo tempo que convive com erosão de expectativas e a convicção que teremos mais uma vez um voo de galinha, com a dificuldade do governo entender como funciona a economia e a importância de controlar o déficit público. Uma taxa de desemprego baixa, mas que não contempla muitos que não estão procurando emprego por preferirem ficar na informalidade a perder as bolsas que contemplam 25% da população do país e outros que gostam da autonomia da gig economy no Uber ou em outras plataformas.

Enquanto isso, empresas de todos os setores atrasam investimentos por não encontrar mão de obra, nem técnica e nem básica, e quando encontram são surpreendidos por uma ainda inexplicável falta de compromisso e empenho. Confrontos permanecem entre o trabalho presencial, remoto e híbrido, enquanto a turma da TI se esbalda em prestar serviços para empresas do exterior, indo para lá ou trabalhando remoto mesmo.

A China pode ter problemas na economia? Se a China espirrar, poderemos pegar uma gripe com o nosso mercado para commodities?
O problema da segurança promete crescer e ameaça o país com uma mexicanização, onde as facções, já espalhadas pelo país inteiro, penetram na economia formal para lavagem de dinheiro e também na política, no judiciário e ocupando territórios sem a presença do estado.

2025 será o ano do início da implantação da reforma tributária, que finalmente aconteceu, apesar do excesso de exceções. Todo mundo terá que refazer contas para saber como fica sua relação com os impostos.

No Espírito Santo a expectativa encaminhada é finalmente resolver a questão logística com nova licitação da BR 262, destravamento da duplicação da BR 101 e da nebulosa ferrovia EF-118 até Ubu, a finalização do promissor Porto da Imetame, da ampliação de escopo do Portocel e do efetivo deslanche do Porto Central que promete uma revolução no sul do estado. Se isso tudo acontecer o estado resolve o problema criado pela reforma tributária.

A conferir tudo isso no final de 2025. Feliz Ano Novo.

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