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Bem-estar

Entenda por que dormir bem é fundamental para preservar sua saúde

O sono tem relação direta com o desenvolvimento humano. Em qualquer fase da vida, não dormir bem pode levar a uma extensa lista de prejuízos à saúde

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Dormir; sono. Foto: Pixabay

Dormir. Foto: Pixabay

Dormir é tão importante quanto se alimentar. Se essa afirmação lhe causou algum espanto, saiba que o sono está diretamente ligado a uma boa condição física e mental. Manter uma higiene do sono adequada, com horários fixos para dormir, reduz as chances de uma série de doenças graves, além de garantir disposição para as atividades do dia a dia.

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De acordo com o médico Leonardo Maciel, neurologista da São Bernardo Samp com ênfase em medicina do sono, a grande maioria dos adultos precisa dormir de 7 a 9 horas por noite. “Esse tempo de sono deve ser respeitado diariamente, mesmo em férias, feriados e finais de semana. Pode haver uma variação de um ou dois dias, mas isso não deve se tornar rotina. O sono não pode ser deixado de lado; não é uma opção. Você não pode deixar de se alimentar bem e regularmente para estudar, praticar atividade física ou ir a festas. Da mesma forma, não pode sacrificar o sono em detrimento de qualquer outra atividade”, defende.

“Sono não é simplesmente desligar ou ‘apagar’, nem apenas descansar. Mais do que a óbvia função de descanso – afinal, você pode descansar sem dormir – as principais funções do sono estão relacionadas à restauração do organismo, tanto da imunidade quanto física e mental. O sono desempenha uma função de ‘limpeza’ da memória, melhorando a atenção e a plasticidade cerebral. Também é importante para mitigar o estresse físico e mental”, explica o médico.

O neurologista esclarece que algumas pessoas conseguem “funcionar bem” com menos de 6 horas de sono por noite. No entanto, os chamados “dormidores curtos” são minoria. “Existem pessoas que, por uma questão genética, são dormidores curtos, e isso geralmente não causa grandes transtornos. No entanto, estudos científicos recentes demonstram um aumento na incidência de doenças cerebrovasculares nesses pacientes, assim como nos dormidores longos (aqueles que dormem mais de 9 horas por noite). Há também pessoas que têm o que chamamos de ‘padrão vespertino’, que tendem a dormir mais tarde, acordar mais tarde, e desempenham melhor suas funções à tarde, à noite ou mesmo de madrugada. A grande maioria não apresenta esse padrão e sofre com a falta ou privação de sono”, afirma Maciel.

O sono tem relação direta com o desenvolvimento humano. Em qualquer fase da vida, não dormir bem pode levar a uma extensa lista de prejuízos à saúde. “Irritabilidade, desatenção, falta de ânimo ou energia, aumento do apetite por doces ou carboidratos, hiperfagia (comer em excesso) e sonolência excessiva diurna (SED) são sintomas mais imediatos. Depressão, descontrole de glicose, pressão alta e déficit de memória são sintomas de médio prazo. O sono está diretamente ligado a doenças como Parkinson e Alzheimer, além de aumentar a incidência de doenças cardíacas e cerebrovasculares, como o AVC”, alerta o neurologista.

Higiene do sono

Para quem precisa dormir melhor, algumas mudanças na rotina podem ajudar:

– Praticar atividades físicas regulares durante o dia. Atividade física à noite pode atrapalhar o sono;

– Expor-se ao sol em horários apropriados. Pelo menos 30 minutos de sol por dia ajudam a regular o ritmo do sono;

– Criar um ambiente calmo, tranquilo, arejado e sem luz ou ruídos na hora de dormir. Evitar até mesmo luzes de LED de celulares, carregadores e outros aparelhos;

– Tomar um banho (evitar muito frio ou muito quente) antes de dormir. Enquanto uma ducha fria pode despertar, o corpo muito quente pode prejudicar o sono;

– Não dormir com fome: alimentar-se 1 a 2 horas antes de dormir;

– Evitar o uso de bebidas alcoólicas, fumo e sedativos, pois eles alteram o ritmo do sono. São sedativos, mas não promovem um sono de qualidade;

– Evitar atividades estressantes, como resolver problemas ou realizar atividades mentais extenuantes, antes de dormir;

– Nunca dormir fora da cama, cochilar em sofás ou poltronas, ou dormir na sala assistindo TV;

– Se acordar no meio da noite e não conseguir voltar a dormir rapidamente, levante-se e faça uma atividade leve, como ver um filme, ouvir música, ler ou escrever… mas sentado!


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