Alexandre Brito
Autoestima e vaidade: como diferenciar e melhorar as relações
Para o psicólogo Alexandre Brito, a autoestima às vezes pode se confundir com a vaidade. Ele explica que é preciso ter equilíbrio para manter boas relações
Em entrevista à BandNews FM Espírito Santo, o psicólogo Alexandre Brito abordou temas relacionados à autoestima e vaidade, destacando as diferenças entre esses dois conceitos que muitas vezes se confundem. Segundo Brito, a autoestima envolve a capacidade de uma pessoa se valorizar e ser responsável pela sua própria alegria. Ele explicou que a palavra “estimar” significa atribuir valor, e assim, a autoestima é o processo de reconhecer o próprio valor.
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Brito apontou que muitas pessoas têm dificuldade em identificar sua autoestima, confundindo-a com vaidade ou orgulho. A autoestima está diretamente ligada ao cuidado consigo mesmo e à forma como uma pessoa se sente bem consigo mesma. Para ele, ações simples, como ouvir uma música favorita ou cuidar da aparência, podem aumentar a autoestima de maneira saudável.
Diferença entre autoestima e vaidade
O psicólogo fez questão de destacar a diferença entre autoestima e vaidade. Enquanto a autoestima está relacionada ao bem-estar pessoal e ao autocuidado, a vaidade, muitas vezes, reflete um vazio. “Quando você mostra algo que você não é, está expondo um vazio”, explicou Brito. Ele ressaltou que a vaidade, quando exagerada, pode se tornar prejudicial, já que está mais focada em aparências e na validação externa do que em um verdadeiro sentimento de valor pessoal.
Brito também destacou que a palavra “vaidade” tem origem no latim e significa “vazio”. Ou seja, a vaidade pode ser uma máscara para esconder inseguranças e sentimentos não resolvidos. Muitas vezes, ela é confundida com orgulho, o que pode atrapalhar as relações pessoais, pois pessoas excessivamente vaidosas ou orgulhosas têm dificuldade em admitir erros ou demonstrar sentimentos.
Relações pessoais
Alexandre Brito também trouxe à tona um ponto importante: o impacto da autoestima, ou sua falta, nas relações interpessoais. Ele enfatizou que uma boa autoestima não significa egoísmo. Na verdade, o cuidado consigo mesmo permite que a pessoa esteja mais preparada para cuidar do outro. O psicólogo fez uma analogia com o uso de máscaras de oxigênio em aviões, sugerindo que é necessário “colocar a própria máscara primeiro” para poder ajudar quem está ao lado.
Segundo Brito, pessoas com baixa autoestima tendem a projetar essa sensação negativa em suas interações com os outros, resultando em relações problemáticas. Isso ocorre porque, quando alguém não gosta de si mesmo, torna-se difícil investir energia em outras pessoas. Por outro lado, quando a autoestima está em equilíbrio, a pessoa tende a ter relações mais saudáveis e a lidar melhor com os desafios emocionais.
Como lidar com a vaidade
Para evitar os efeitos negativos da vaidade e do orgulho, Brito sugeriu que o primeiro passo é reconhecer essas características. “Todos nós temos nossos momentos de egoísmo e orgulho”, disse ele. O importante é admitir esses sentimentos e tentar trabalhar para melhorar, sem se deixar dominar por eles.
O psicólogo destacou que muitas vezes os sintomas de baixa autoestima podem ser confundidos com traços de personalidade, como mau-humor ou reclusão. No entanto, ele alertou que esses comportamentos podem ser reflexos de uma depressão ou ansiedade, e não necessariamente fazem parte da identidade da pessoa. Nesse sentido, investir em atividades que promovam o bem-estar e o autocuidado é fundamental.
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