Uber lança programa para proteger mulheres da violência

Um acordo de cooperação entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Uber busca combater a violência contra motoristas e passageiras. A iniciativa faz parte do programa “Sinal Vermelho”, onde as vítimas desenham um X na palma da mão com caneta ou batom, sinalizando um pedido de socorro. Esse programa, já implementado em farmácias e estabelecimentos comerciais, agora se expande para o serviço de transporte por aplicativo. A advogada Gabriela Kuster explica que o programa visa ampliar a proteção não só para as motoristas, mas também para as passageiras da Uber.

Desde 2021, o símbolo do X vermelho é utilizado como um pedido de ajuda silencioso. A ideia é que motoristas, homens ou mulheres, sejam treinados para reconhecer e responder adequadamente ao sinal de socorro, encaminhando as vítimas para a polícia ou delegacias especializadas.

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O CNJ e a Uber estão trabalhando para implementar meios de ajuda dentro do próprio aplicativo. Motoristas receberão capacitação para identificar e reagir a situações de violência. A advogada explica que o treinamento será gradativo e adaptado a diferentes situações, incluindo a presença de armas ou ameaças dentro do veículo.

Divulgação

A disseminação do símbolo do X vermelho é essencial para a eficácia do programa. A advogada afirma que campanhas de divulgação são fundamentais para que mais pessoas conheçam e usem o sinal em momentos de necessidade. Casos de sucesso incluem pedidos de ajuda em bancos e até mesmo em residências, onde vítimas desenharam o X em locais visíveis para solicitar socorro.

O processo de implementação do programa envolve diversas etapas, desde a liberação de verbas federais até a capacitação dos motoristas. Gabriela ressalta a importância de um treinamento detalhado, que aborde diferentes nuances de situações de violência. A advogada acredita que a conscientização e o preparo dos motoristas serão cruciais para a proteção das vítimas.

Importância do Programa

O programa Sinal Vermelho destaca a responsabilidade social em prestar socorro a vítimas de violência. A advogada enfatiza que todos devem agir em casos de violência contra a mulher, rompendo com a antiga ideia de que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. A expansão do programa para o serviço de transporte por aplicativo é vista como uma oportunidade de proteção em momentos críticos, oferecendo uma saída para mulheres em situações de risco.

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