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Trombose: entenda o que é, quais os riscos e como prevenir

A doença pode ter sido a causa da morte do médico Leandro Medice, que faleceu enquanto era voluntário no Rio Grande do Sul

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Trombose nas pernas

Trombose nas pernas. Foto: FreePik

Após quase 45 dias de incerteza, a família do médico capixaba Leandro Medice, que faleceu enquanto atuava como voluntário no Rio Grande do Sul, apontou a causa de sua morte: trombose. O médico já havia passado por três cirurgias no pé e tinha uma quarta intervenção agendada. O cirurgião vascular e angiologista Enzo Mazzini explica o que é essa doença.

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A trombose ocorre quando o sangue coagula dentro de um vaso sanguíneo, formando um trombo que pode obstruir a circulação. São três fatores principais contribuem para o desenvolvimento da trombose: estase sanguínea (sangue parado), hipercoagulabilidade (tendência aumentada do sangue coagular) e dano à parede dos vasos sanguíneos. Esses fatores, quando presentes simultaneamente, favorecem o surgimento de trombos.

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Ficar imobilizado por longos períodos, como em viagens aéreas de mais de 10 horas, pode aumentar o risco de trombose.  Além disso, cirurgias, especialmente as ortopédicas e abdominais, são grandes fatores de risco. A obesidade também aumenta o risco de trombose. O excesso de gordura abdominal dificulta o retorno venoso, aumentando a estase sanguínea.

Pacientes que praticam exercícios regularmente, não estão acima do peso e ainda assim têm episódios repetidos de trombose, podem ter causas genéticas. A trombofilia é uma condição que predispõe geneticamente à formação de trombos. Mazini destaca a importância de investigar casos de trombose recorrente e histórico familiar de doenças trombóticas.

Sintomas e tratamento

Qualquer pessoa pode desenvolver trombose, mas alguns fatores aumentam esse risco. A idade é um desses fatores: quanto mais velho, maior o risco. Além disso, situações como imobilização prolongada, cirurgias e internações em UTI aumentam a probabilidade de trombose. Mazini alerta para os sintomas, que incluem inchaço, dor e vermelhidão no local afetado.

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O tratamento convencional envolve o uso de anticoagulantes. Antigamente, o tratamento exigia a administração de eparina por injeção, mas hoje em dia existem anticoagulantes orais que facilitam muito o tratamento. Esses medicamentos previnem a formação de novos trombos, “afinando” o sangue.

Para pacientes com histórico de trombose, é essencial um acompanhamento regular com um cirurgião vascular. Em alguns casos, pode ser necessário o uso contínuo de anticoagulantes em doses profiláticas para evitar novos episódios.

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