“Solidariedade é um ato político”, diz psicólogo sobre tragédia no RS

As imagens registradas nas enchentes do Rio Grande do Sul parecem um cenário de guerra. Resgates de pessoas e animais, limpezas de casas e tentativas de proteger os objetos são algumas situações registradas e muito compartilhadas na internet. É muito difícil não se emocionar ao ver essas cenas, dá um aperto no peito, uma angústia sem tamanho e uma sensação de impotência.

O que se pode fazer é mobilizar e enviar as doações para as vítimas e muita gente se pergunta se isso é suficiente. Por um lado, é importante sentir empatia, mas será que sentir a dor do outro faz bem? O psicólogo Alexandre Brito auxilia a não sofrer em excesso pela tragédia mesmo à distância.

É natural sentir uma mistura de emoções diante das cenas de devastação e dos relatos das vítimas. Brito destaca a importância de sentir empatia, mas também alerta para a necessidade de cuidar da saúde mental para evitar um sofrimento excessivo.

A solidariedade vai além de um sentimento; é uma atitude política e ética. O psicólogo ressalta a importância de se mobilizar e enviar doações, reconhecendo a força da empatia e da compaixão como ferramentas essenciais para promover a ajuda mútua.

Com a magnitude dos eventos, surge a necessidade de oferecer apoio psicológico não apenas para as vítimas diretas, mas para toda a comunidade afetada. Brito enfatiza que o suporte psicológico vai além do consultório tradicional, envolvendo escuta ativa, acolhimento e encaminhamento para garantir a saúde mental e emocional.

Além das doações materiais, a solidariedade se manifesta no apoio emocional e na reconstrução das comunidades afetadas. Através da empatia, compaixão e cuidado mútuo, é possível enfrentar os desafios com mais resiliência e esperança em um futuro melhor.

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