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Seguradoras devem cobrir prejuízos causados por inundações?

Mudanças climáticas fazem com que as seguradoras passam a decidir criteriosamente a cobertura de certos tipos de prejuízos

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O aumento da frequência de alagamentos em diversas regiões do Brasil, como visto recentemente em Mimoso do Sul e em muitos municípios do Rio Grande do Sul, está impactando o mercado de seguros. As seguradoras estão analisando atentamente as mudanças climáticas para decidir sobre a cobertura de certos tipos de prejuízos, como a perda de veículos e imóveis durante enchentes, ou até mesmo ajustar os preços dos seguros em áreas propensas a inundações.

O economista Antônio Marcus Machado destacou a importância de os consumidores revisarem suas apólices de seguro para verificar a cobertura contra eventos extremos. Ele observa que “não faz parte da cultura do brasileiro se preocupar com seguro”.

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Dados mostram que apenas 20% dos carros no Brasil têm seguro, e menos de 15% das residências são seguradas. Machado enfatiza que o seguro deve ser visto como um investimento, não um gasto, e que é crucial para proteger bens contra desastres naturais.

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Alagamentos e o seguro

Os alagamentos não são apenas um problema ambiental, mas também econômico. A maioria das apólices de seguro residencial e veicular pode não cobrir danos causados por enchentes. Segundo Machado, há a necessidade do resseguro, onde as seguradoras transferem parte dos riscos para outras empresas para garantir a capacidade de pagamento de grandes sinistros.

Com apenas cerca de 120 seguradoras no Brasil, o mercado é limitado. A tendência é que o custo do seguro residencial aumente em regiões propensas a inundações. Além disso, é fundamental considerar o geoprocessamento, que mapeia imóveis próximos a rios e encostas, para ajustar os preços dos seguros.

Mudanças Climáticas

A mudança climática é uma preocupação crescente para as seguradoras. Durante a última reunião de Davos, executivos de seguradoras discutiram extensivamente o impacto das mudanças climáticas, destacando que possuem dados detalhados sobre riscos ambientais, muitas vezes superiores aos de órgãos ambientalistas. Isso é crucial para prever e prevenir danos futuros.

Machado salientou a importância da preparação e prevenção. Ele citou exemplos internacionais, como a Holanda e a Califórnia, onde há uma forte cultura de seguros e medidas preventivas contra desastres naturais. No Brasil, é vital que tanto governos quanto cidadãos adotem medidas proativas para minimizar os impactos das mudanças climáticas.

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