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População do ES deve começar a diminuir a partir de 2047

Estudo do IBGE revela que a população do Espírito Santo e de outras regiões brasileiras começará a diminuir após 2047, destacando uma transição demográfica única na história do país

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O diretor presidente do Instituto Jones, Pablo Lira, explica que a população do ES deve começar a diminuir a partir de 2047.

O diretor presidente do Instituto Jones, Pablo Lira, explica que a população do ES deve começar a diminuir a partir de 2047.

A partir de 2047, o Espírito Santo e outras regiões do Brasil enfrentarão um declínio populacional, de acordo com um estudo recente do IBGE. O levantamento aponta que, após atingir seu pico em 2046, o número de habitantes no estado começará a diminuir, seguindo uma tendência que já será observada em outras partes do país a partir de 2027.

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Essa projeção é parte de uma transição demográfica que ocorre apenas uma vez na história de uma nação. No Brasil, essa mudança é caracterizada pela queda nas taxas de natalidade e mortalidade. No passado, durante a década de 1970, a taxa de fecundidade era de aproximadamente sete a oito filhos por mulher. Com o tempo, o número médio de filhos por mulher foi diminuindo, influenciado por fatores como o surgimento de métodos contraceptivos e o planejamento familiar.

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Impacto da urbanização na taxa de natalidade

Outro fator significativo que contribuiu para essa mudança foi a urbanização. Na década de 1940, 80% da população capixaba residia no campo, onde mais filhos significavam mais braços para trabalhar, aumentando a renda familiar. Atualmente, mais de 85% da população vive em áreas urbanas, onde o custo de criação dos filhos é significativamente maior, devido a despesas como educação, saúde e transporte.

Em entrevista ao EStúdio 360, o diretor presidente do Instituto Jones, Pablo Lira, explica que para manter o crescimento populacional, é necessário que a taxa de fecundidade seja de 2,1 filhos por mulher. No entanto, desde o ano 2000, tanto o Brasil quanto o Espírito Santo estão abaixo dessa taxa. O IBGE revela que a taxa de fecundidade no Brasil é de 1,5 filho por mulher, enquanto no Espírito Santo é um pouco maior, com 1,7 filho por mulher.

Desafios e oportunidades do envelhecimento populacional

Com a diminuição da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida, o Brasil e o Espírito Santo entrarão em uma nova fase demográfica. Atualmente, o país ainda está aproveitando o bônus demográfico, período em que a população em idade ativa (15 a 64 anos) é maior do que a população dependente, contribuindo para o crescimento econômico.

Entretanto, essa realidade começará a mudar nas próximas décadas, com o aumento da população idosa. No Espírito Santo, a esperança de vida ao nascer já é uma das maiores do Brasil, e a expectativa de vida para pessoas com 60 anos é a segunda maior do país. Embora isso seja uma boa notícia, também representa um desafio para o sistema previdenciário, que precisará se adaptar a essa nova realidade.

Necessidade de políticas migratórias qualificadas

A diminuição da população em idade ativa e o aumento da população idosa exigem que o Brasil e o Espírito Santo adotem políticas eficazes de atração de mão de obra qualificada. Assim como ocorre em países europeus e no Japão, onde a imigração é usada para suprir a falta de trabalhadores, o Brasil precisará desenvolver uma estratégia para atrair talentos que possam contribuir para o desenvolvimento tecnológico e econômico.

A implementação de políticas migratórias que priorizem a qualificação é essencial para evitar o aumento da taxa de desemprego e garantir o avanço do país em áreas como inovação e tecnologia. Com uma abordagem planejada, o Brasil pode transformar os desafios demográficos em oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável.

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