Livro reúne pesquisas e relatos sobre a educação especial no ES

Livro reúne pesquisas e relatos sobre a educação especial no Espírito Santo. Foto: Divulgação

Já está disponível para download o livro “História da educação especial das pessoas com deficiência visual no estado do Espírito Santo: o que as professoras têm a dizer?”, organizado pelo professor da Ufes Douglas Ferrari. A obra reúne a colaboração de estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado e propõe um olhar sobre a história da educação especial para deficientes visuais no Espírito Santo, a partir das experiências e memórias de professoras que atuaram no estado. O professor esteve no estúdio 360 da TV Capixaba/Band para explicar o projeto e sua relevância para a educação no Espírito Santo.

Educação inclusiva

Com 172 páginas e onze capítulos, o livro destaca a história da inclusão de alunos com deficiência visual nas salas de aula no Espírito Santo. A obra traz relatos e análises de professoras que atuaram com alunos cegos desde o final da década de 1960, além de diálogos com fontes e pesquisas realizadas por membros do Grupo de Estudo e Pesquisa em Deficiência Visual e Cão-Guia, coordenado por Ferrari.

• Saidinha de Natal: novas regras e número de beneficiados reduz no ES

“O livro é para entender a história, e entender a história é trazer a educação. Fazer memória e trajetória. Memória das pessoas, principalmente professoras, mas também as trajetórias delas. É uma grande homenagem às trajetórias”, afirmou o organizador da obra.

No capítulo A ação pioneira das professoras do Espírito Santo no acesso aos alunos com deficiência visual à sala de aula comum na década de 1960, Ferrari detalha o pioneirismo das educadoras capixabas que, mesmo sem o apoio de uma legislação robusta, já promoviam a inclusão de alunos com deficiência visual nas salas de aula regulares. O professor destacou que nunca existiu, no estado, uma escola especial para cegos, sendo o Espírito Santo um dos primeiros estados a integrar alunos com deficiência visual no ensino comum.

O livro e seus objetivos

A publicação, além de resgatar a história e memória da educação de pessoas com deficiência visual, também visa destacar a importância do trabalho dessas educadoras, muitas das quais optaram por manter suas identidades preservadas nas entrevistas. Uma das professoras afirmou que acreditavam que o aluno com deficiência visual deveria estar integrado à sala de aula comum: “Nós acreditamos que o aluno deficiente visual tinha que estar na sala de aula junto com os outros alunos”.

• Saiba como descartar lixo eletrônico em Vila Velha

A edição física do livro será lançada em 2025, com o objetivo de prestar uma homenagem às professoras e às famílias daquelas que já faleceram. O livro está disponível para download gratuito e é indicado para estudantes, professores, pesquisadores e todos que se interessam pela história da educação especial no estado.

Assista a entrevista

---

Valorizamos sua opinião! Queremos tornar nosso portal ainda melhor para você. Por favor, dedique alguns minutos para responder à nossa pesquisa de satisfação. Sua opinião é importante. Clique aqui