fbpx

TV Capixaba

Idosos são as principais vítimas de atropelamentos. Entenda

Estudo do Detran revela que a maioria dos atropelamentos envolve idosos acima de 60 anos. Advogado destaca a falta de mobilidade e de respeito à sinalização como fatores de risco

Publicado

em

O advogado e especialista em segurança pública, Fábio Marçal, explica que a falta de respeito á sinalização de trânsito e até a falta de empatia causam atropelamentos. Foto: Fernanda Côgo

O advogado e especialista em segurança pública, Fábio Marçal, explica que a falta de respeito á sinalização de trânsito e até a falta de empatia causam atropelamentos. Foto: Fernanda Côgo

Levantamento recente do Detran do Espírito Santo mostra que a maioria dos atropelamentos envolve pedestres acima de 60 anos. O estudo, realizado entre janeiro e outubro deste ano, identificou 200 casos no estado. Para discutir as causas e possíveis soluções para essa realidade, o EStúdio 360 conversou com o advogado especialista em segurança pública Fábio Marçal.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Em entrevista ao EStúdio 360, Marçal explicou que os idosos são especialmente vulneráveis no trânsito devido à mobilidade reduzida, à confiança em regras de trânsito desatualizadas e à falta de educação específica sobre como se comportar de forma segura. Para ele, fatores como a imprudência dos condutores e a falta de respeito à sinalização também aumentam os riscos para essa faixa etária.

Receba os destaques do Estúdio 360 no grupo do programa.

Culpa dos acidentes nem sempre é do motorista

Em muitos casos, o condutor envolvido no atropelamento não é necessariamente o culpado. Marçal destacou que, para avaliar a responsabilidade, é necessário considerar fatores como imprudência, negligência e imperícia. Muitas vezes, o motorista conduz com atenção, respeitando os limites de velocidade e as normas, mas é surpreendido por um pedestre atravessando fora da faixa ou sem cautela.

Ele ressaltou que, embora o motorista tenha a obrigação de zelar pela segurança dos pedestres, situações inesperadas, como pedestres que atravessam vias de trânsito rápido, dificultam a resposta dos condutores e aumentam os riscos. Para Marçal, a responsabilidade precisa ser compartilhada: tanto motoristas quanto pedestres devem estar atentos às normas de segurança.

Pedestres e motoristas precisam de regras mais claras

Marçal comentou que a comunicação de regras no trânsito, especialmente em relação ao uso da faixa de pedestres, é confusa. Embora a legislação preveja que os motoristas parem para pedestres na faixa, o especialista observa que nem todos conhecem ou compreendem essa norma, o que gera insegurança.

Segundo ele, a falta de campanhas educativas que esclareçam essas regras é um dos problemas. Marçal aponta que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina a educação no trânsito desde a pré-escola, mas que essa formação raramente é cumprida. Assim, muitos pedestres e motoristas acabam desconhecendo normas básicas de segurança, o que ele considera um agravante para os acidentes envolvendo idosos.

A importância da educação no trânsito

Para o especialista, é essencial que a educação no trânsito seja estendida a todas as faixas etárias. Ele destacou a importância das campanhas educativas, principalmente para os idosos, que já não têm acesso ao ambiente escolar. Marçal acredita que o uso da mídia pode ser um canal eficaz para disseminar informações e orientar sobre práticas de segurança, tanto para pedestres quanto para motoristas.

Campanhas educativas e fiscalização eficaz

Além da educação, Marçal sugere que sejam implementadas campanhas visuais e práticas, ressaltando que folhetos informativos nem sempre chamam a atenção do público. O advogado recomenda o uso de vídeos e imagens para ilustrar os riscos e comportamentos seguros no trânsito. Para ele, a fiscalização precisa ser mais rigorosa, com agentes de trânsito atuando para corrigir comportamentos inadequados e garantir a segurança.

Em entrevista ao  EStúdio 360, Marçal enfatizou a necessidade de a fiscalização se expandir para comportamentos como a travessia fora da faixa e o uso de fones de ouvido ao caminhar em vias movimentadas.

Veja também


Valorizamos sua opinião! Queremos tornar nosso portal ainda melhor para você. Por favor, dedique alguns minutos para responder à nossa pesquisa de satisfação. Sua opinião é importante. Clique aqui