Custo das “canetas emagrecedoras” impedem tratamento da obesidade

Os medicamentos para emagrecer nas farmácias estão cada vez mais caros, se tornando um obstáculo para quem recorre a essa estratégia para o emagrecimento. Cada caneta custa em média R$ 1 mil. Mesmo assim, as “canetas emagrecedoras” viraram febre e chegaram a ficar em falta nas farmácias. Mas o uso indiscriminado, sem orientação médica, preocupa. Será que qualquer pessoa com sobrepeso tem indicação? A endocrinologista Lusanere Cruz tira essa e outras dúvidas sobre o assunto.

A obesidade é uma doença crônica e progressiva, entretanto são poucas medicações que podem ser utilizadas para ajudar no tratamento. Atualmente, existem remédios eficientes com poucos efeitos colaterais, mas de alto custo. A discussão agora é saber como irão transformar esses medicamentos caros em gratuitos pelo SUS. Já existe um debate sobre quem poderá ter acesso a esses remédios de graça no sistema de saúde, sendo liberadas apenas para obesidade grave, com IMC acima de 40.

É uma doença multifatorial, ligada a questões genéticas, endócrinas hormonais, medicações como corticóides, além do estilo de vida que impacta diretamente na variação de peso. Ela traz também diabetes, hipertensão, doenças articulares e diferentes tipos de câncer.

Uma das canetas mais famosas são as de semaglutida, que viraram febre no mercado e chegaram a ficar em falta nas farmácias devido ao uso indevido e ao aumento da obesidade. A semaglutida é muito parecida com hormônios do próprio corpo que diminui o apetite, fazendo com que haja menor consumo de alimento. Vale destacar que caso a pessoa pare de tomar o remédio, existe uma chance de voltar ao peso anterior.

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