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Coqueluche: casos aumentam 800% e ES entra em alerta

O número de casos suspeitos de coqueluche aumentou no Espírito Santo, somando 343 notificações e 46 confirmações até o início de outubro

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A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, explica que a doença é altamente contagiosa, mas pode ser prevenida com vacinação. Foto: Rafael Nery

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, explica que a doença é altamente contagiosa, mas pode ser prevenida com vacinação. Foto: Rafael Nery

O Espírito Santo registrou um aumento preocupante nos casos de coqueluche em 2024. Em comparação ao ano anterior, o número de notificações cresceu 8%. Até o início de outubro, o estado já contava com 343 casos suspeitos e 46 confirmados, enquanto em 2023 foram apenas 33 notificações e cinco confirmações.

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A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Bordetella pertussis. Embora seja uma doença imunoprevenível, a vacinação é essencial para reduzir a gravidade dos casos, principalmente entre crianças e gestantes.

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A importância da vacinação e diagnóstico precoce

Em entrevista ao Estúdio 360, a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Daniele Grillo, destacou a importância de ficar atento aos sintomas iniciais. A coqueluche, no começo, pode ser confundida com um simples resfriado, mas a tosse seca persistente que dura mais de 10 dias em crianças e mais de 14 dias em adultos deve ser um sinal de alerta. O diagnóstico correto é crucial, já que o tratamento para a coqueluche envolve o uso de antibióticos, diferente das doenças virais.

Segundo Grillo, a vacinação é a principal medida preventiva. Crianças menores de 7 anos devem seguir o calendário básico de imunização, que inclui doses da vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses, além dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

Gestantes devem redobrar os cuidados com a coqueluche

A coordenadora também reforçou a necessidade de vacinar gestantes a partir da 20ª semana de gravidez. Esse cuidado é essencial, pois os anticorpos da mãe são transferidos ao bebê, protegendo-o até que ele complete o esquema vacinal nos primeiros meses de vida.

Além disso, Grillo lembrou que bebês menores de 6 meses, que ainda não completaram o ciclo primário de vacinação, estão mais vulneráveis às complicações graves da coqueluche, como insuficiência respiratória. Em 2012, o Espírito Santo enfrentou um surto significativo, com 9 óbitos de bebês registrados naquele ano.

Surto e prevenção de coqueluche no Espírito Santo

Apesar do aumento de casos em 2024, até o momento, nenhum óbito foi registrado no estado. Entretanto, surtos localizados foram identificados em várias regiões do Espírito Santo. Um surto é caracterizado pela ocorrência de dois ou mais casos da doença no mesmo local, em um período de até 42 dias.

Grillo explicou que, além da vacinação, a quimioprofilaxia dos contatos próximos aos casos confirmados é outra medida importante para conter a disseminação da doença. Mesmo com a alta cobertura vacinal, surtos podem ocorrer, uma vez que a coqueluche é cíclica e tende a aumentar a cada cinco anos.

Prevenção para trabalhadores da saúde e creches

Além das crianças e gestantes, trabalhadores da saúde e profissionais de creches também são públicos-alvo da vacinação contra a coqueluche. Em ambientes como creches e berçários, onde a proximidade entre crianças é maior, o risco de transmissão aumenta significativamente.

O Espírito Santo segue vigilante e implementando medidas para controlar a doença, contando com a vacinação e outras estratégias de saúde pública. A expectativa é que, com a conscientização da população e a recuperação das coberturas vacinais, o impacto da coqueluche no estado seja minimizado.

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