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Ceramista capixaba expõe obras no Louvre, em Paris

Ceramista capixaba leva sua cerâmica artesanal ao Louvre, em Paris, e conquista reconhecimento internacional com sua técnica única de queima

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A artista capixaba Bianca Vidal e sua cerâmica artesanal exposta no Louvre, em Paris. Foto: Rafael Nery

A artista capixaba Bianca Vidal e sua cerâmica artesanal exposta no Louvre, em Paris. Foto: Rafael Nery

Aos 44 anos, a ceramista capixaba Bianca Vidal alcançou um marco em sua carreira ao expor no Museu do Louvre, em Paris. A conquista foi fruto de uma longa jornada artística e dedicação ao trabalho. A oportunidade surgiu durante uma feira de arte contemporânea que reuniu 60 galerias, incluindo artistas brasileiros e finlandeses. Bianca, ao lado de outros expositores, apresentou suas peças de cerâmica artesanal, que chamaram a atenção dos visitantes e críticos presentes no evento.

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Durante a entrevista ao EStúdio 360, Bianca destacou o impacto emocional de ver suas obras em um dos maiores museus do mundo. Para ela, essa conquista é um símbolo de consagração e resultado de anos de dedicação ao seu ofício. Com um histórico de exposições nacionais, a ceramista revela que o convite para Paris veio após uma exibição de suas obras em uma galeria em São Paulo, onde seu trabalho foi notado por um curador finlandês.

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Processo artesanal e técnicas da coleção ‘Universo Particular’

As obras de Bianca Vidal se destacam pela autenticidade e pelo método artesanal com o qual são criadas. Sua coleção, intitulada “Universo Particular”, exibe técnicas de queima primitiva em forno a lenha, que trazem efeitos únicos às peças. Bianca explica que utiliza sulfatos, óxidos e até materiais orgânicos, como flores de buganvílias e pó de café, para enriquecer as texturas e cores das cerâmicas. Segundo ela, o processo final é guiado pelo fogo, que imprime características naturais e imprevisíveis a cada peça.

Cada escultura leva cerca de dois meses para ser finalizada, desde a modelagem até a queima. “O fogo finaliza a obra”, descreve a artista ao falar sobre o toque especial que a chama deixa em suas peças. Essa técnica, ela diz, torna cada obra única, uma vez que não é possível prever o resultado exato. Para Bianca, essa falta de controle representa uma metáfora da própria vida, com sua imprevisibilidade e beleza.

Dedicação à arte e exposição no museu do Louvre

Bianca Vidal tem mais de 15 anos de experiência como ceramista e dedica-se ao trabalho em seu ateliê, onde passa pelo menos oito horas por dia, seja criando, pesquisando ou ministrando aulas. Ela acredita que sua dedicação e disciplina foram fatores fundamentais para alcançar o reconhecimento atual. Na pandemia, observou uma maior procura pela cerâmica e viu diversos alunos abrirem seus próprios ateliês.

A artista considera seu trabalho um meio de compartilhar emoções e conexões. O sucesso da exposição no Louvre resultou em convites para novas exibições, incluindo a Bienal da Finlândia e outra feira em Paris. Bianca não esconde o desejo de um dia expor no MoMA, em Nova York, mas, por enquanto, planeja participar de eventos na Finlândia e França.

Para Bianca, a cerâmica é mais do que uma expressão artística: é um caminho de aprendizado constante. Ela afirma que sempre idealiza e planeja suas obras, mas aceita a influência do fogo e da natureza na finalização. “A magia está em aceitar que o controle é do fogo”, comenta.

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