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Cãoterapia: pets levam sorrisos e leveza às crianças no HIMABA

Cãoterapia leva bem-estar e humanização ao ambiente hospitalar, promovendo saúde mental e alegria aos pacientes

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A cãoterapia leva amor e leveza para crianças internadas, trazendo sorrisos em cada visita. Foto: Reprodução/ Instagram: @doutoresdepatas2016

A cãoterapia leva amor e leveza para crianças internadas, trazendo sorrisos em cada visita. Foto: Reprodução/ Instagram: @doutoresdepatas2016

Em entrevista ao Estúdio 360, Clara Maria de Souza, idealizadora e diretora executiva do projeto Doutores de Patas, compartilhou detalhes de uma iniciativa que tem transformado a rotina dos pacientes do Instituto de Medicina Assistencial Infantil de Vila Velha (HIMABA Infantil). A cãoterapia, realizada por cinco voluntários e seis cães adestrados, busca levar alegria e conforto para crianças e adultos hospitalizados. “A ideia é proporcionar leveza à rotina hospitalar”, explicou Clara.

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O projeto teve início em 2020, quando Logan, o primeiro cão adestrado, começou a acompanhar a mãe de sua adestradora durante um tratamento contra o câncer. Após o falecimento da paciente, Logan permaneceu ao lado da família, oferecendo conforto emocional em momentos difíceis. Desde então, o cachorro ajudou outras pessoas, como a própria Clara, que passou por uma fase de depressão durante a pandemia.

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Como a cãoterapia funciona

Segundo o Dr. Rafael Mazzini, psiquiatra e coordenador da psiquiatria do HIMABA, que também foi entrevistado pelo Estúdio 360, a cãoterapia é uma ferramenta importante para melhorar o estado mental dos pacientes, diminuindo sintomas de ansiedade e depressão. “A presença dos animais afasta o foco da doença e do sofrimento”, afirmou o médico, ressaltando que a interação com os cães pode até mesmo reduzir o tempo de internação. Os benefícios são sentidos por crianças e adultos, mas o foco principal do projeto é o atendimento infantil.

De acordo com o diretor geral do HIMABA, Cláudio Amorim, o hospital decidiu adotar políticas de humanização em 2021, quando passou a ser gerido pelo Instituto Acqua. A partir dessa mudança, foram implementadas diversas iniciativas, como a criação de uma brinquedoteca, um coral de funcionários e o acolhimento de voluntários, que hoje somam mais de 300 pessoas. A cãoterapia foi uma dessas ações, inspirada em estudos sobre terapias assistidas por animais, que já são aplicadas desde a década de 1960 nos Estados Unidos e, no Brasil, a partir de 1997.

Expansão do projeto de cãoterapia

O sucesso da cãoterapia no HIMABA Infantil motivou sua expansão para outros hospitais. Hoje, o projeto já está presente em seis unidades hospitalares do Espírito Santo. “No início, tínhamos apenas o Logan, mas a demanda cresceu, e agora contamos com outros cães, todos treinados especificamente para esse tipo de trabalho”, explicou Clara Maria de Souza. Os cães passam por um processo rigoroso de seleção e treinamento, realizado em parceria com o centro de adestramento Evolução, que também atua de forma voluntária.

As visitas dos cães acontecem, em média, uma vez por mês, dependendo da necessidade do hospital. Durante as visitas, as crianças interagem com os animais, realizando comandos simples de adestramento, como “dá a pata” ou “senta”. Essa interação promove sorrisos e ajuda a aliviar o sofrimento causado pela internação. “A criança que estava retraída começa a interagir, sorrir e até melhora a comunicação com a equipe médica”, destacou o Dr. Rafael Mazzini.

Humanização no ambiente hospitalar

O projeto de cãoterapia faz parte de uma ampla política de humanização implementada no HIMABA Infantil. Segundo Cláudio Amorim, a ideia é transformar o ambiente hospitalar em um espaço mais acolhedor. “A presença dos cães, assim como o coral e a brinquedoteca, tira o peso da internação e melhora a qualidade do atendimento”, explicou.

Interessados em participar do projeto Doutores de Patas, seja como voluntários ou oferecendo cães para o programa, podem entrar em contato por meio do Instagram oficial do projeto.

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