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Botulismo: conheça a doença que já causou 2 mortes na Bahia

Casos de botulismo acendem alerta na Bahia. Fique atento aos cuidados na conservação de alimentos para evitar o risco de contaminação

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A médica infectologista Ana Carolina D'Etorres aponta que é necessário estar atento aos cuidados na conservação de alimentos para evitar o risco de contaminação. Foto: Fernanda Côgo

A médica infectologista Ana Carolina D’Etorres aponta que é necessário estar atento aos cuidados na conservação de alimentos para evitar o risco de contaminação. Foto: Fernanda Côgo

A Bahia confirmou seis casos de botulismo em 2024, com duas mortes até o momento. A Secretaria de Saúde do estado informou que a contaminação ocorreu após o consumo de mortadela de frango mal armazenada, desencadeando um surto da doença. Embora o botulismo seja raro, seus efeitos são graves, o que torna a prevenção essencial.

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Para entender melhor a gravidade dessa infecção e os cuidados necessários, a médica infectologista Ana Carolina D’Etorres foi entrevistada no programa Estúdio 360. Durante a conversa, ela explicou os detalhes da doença e os principais fatores de risco.

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O que é botulismo e como ocorre a contaminação?

Em entrevista ao Estúdio 360, a doutora Ana Carolina D’Etorres explicou que o botulismo é causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Quando essa bactéria encontra condições ideais, como altas temperaturas e umidade, ela libera uma toxina que pode ser fatal. “O maior risco do botulismo é a paralisia muscular, especialmente dos músculos respiratórios”, destacou a médica. Esse quadro pode levar a paradas respiratórias e outras complicações graves.

Os principais sintomas incluem paralisia dos membros, dificuldade respiratória e queda das pálpebras. O botulismo pode se desenvolver de forma rápida e requer diagnóstico e tratamento imediatos.

O papel da mortadela contaminada

Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia, a mortadela de frango consumida pelas vítimas estava mal armazenada, o que propiciou a liberação da toxina. No entanto, como explicou a doutora Ana Carolina durante a entrevista, “não é o alimento em si que causa o botulismo, mas a forma como ele é conservado”. Embalagens danificadas ou mal fechadas criam condições para o crescimento da bactéria.

Por isso, é fundamental verificar a validade e a integridade dos alimentos antes de consumi-los. Latas estufadas ou enferrujadas são sinais claros de que o produto pode estar contaminado, alertou a especialista. O botulismo pode ser associado a alimentos enlatados, conservas mal armazenadas e produtos caseiros.

Prevenção e tratamento do botulismo

Durante a entrevista no Estúdio 360, a doutora Ana Carolina enfatizou a importância de um rápido atendimento médico ao identificar casos suspeitos de botulismo. O tratamento consiste na administração de uma antitoxina, que neutraliza os efeitos da toxina no corpo. Além disso, é comum o uso de ventilação mecânica e terapia intensiva para auxiliar a recuperação dos músculos respiratórios.

Ela também reforçou que o botulismo, apesar de raro, pode ser fatal se não tratado a tempo. “O diagnóstico precoce e o rápido acesso ao tratamento são cruciais para salvar vidas”, afirmou a infectologista.

Atenção aos alimentos caseiros

Outro ponto destacado na entrevista foi a necessidade de cuidados com alimentos conservados de maneira caseira. Produtos como pimentas em óleo ou outros alimentos fermentados em casa também podem ser fontes de contaminação. “Esses alimentos devem ser preparados e armazenados com muito cuidado para evitar a proliferação da bactéria”, alertou Ana Carolina.

Apesar de o surto de botulismo estar concentrado na Bahia, é importante que a população do Espírito Santo e de outros estados fiquem atentos às condições dos alimentos que consomem.

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