Alunos do ES viralizam ao compartilhar experimentos curiosos

Alunos do IFES de Cachoeiro de Itapemirim viralizam ao compartilhar experimentos científicos curiosos. Foto: Fernanda Côgo

O IFES Ciência, projeto de divulgação científica de estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), no campus de Cachoeiro de Itapemirim, conquistou a internet com vídeos que simplificam experimentos complexos. Com o auxílio do professor Hilton Caliman, alunos como Gabriele Pereira Arêas, Hayra Sherlem Gonçalves Marques e Paulo Cezar Quintão criam conteúdos acessíveis que já acumulam milhões de visualizações. Em entrevista ao EStúdio 360, eles explicam como a proposta nasceu e como a experiência os levou a aprofundar o conhecimento científico de uma forma descontraída.

Curiosidade sobre o copo térmico que viralizou

Um dos vídeos que mais chamou atenção envolveu o famoso copo Stanley. Neste experimento, os alunos abriram um desses copos para mostrar o que existe dentro da parede térmica. Como explicaram ao EStúdio 360, a grande curiosidade sobre a eficiência térmica do copo se deve ao vácuo, um isolamento que impede a troca de calor por condução e convecção. O experimento, que parece simples, demonstra a aplicação prática de conceitos físicos complexos de maneira acessível e educativa.

“A ideia do vídeo foi inspirada em uma aula sobre transferência de calor, onde o professor utilizou o copo como exemplo”, relata Gabriele. O vídeo, que alcançou milhões de visualizações, exemplifica o alcance do projeto, cuja ideia inicial era tornar a ciência mais atraente e próxima ao público em geral.

Experimentando para engajar: o método dos alunos do IFES Ciência

Além do vídeo sobre o copo Stanley, o grupo compartilhou outros experimentos surpreendentes, como o “Desmisturador”. Nesse, eles mostram como líquidos aparentemente misturados retornam ao estado inicial após um movimento específico. Em entrevista ao EStúdio 360, o professor Hilton explica que os experimentos são selecionados não apenas pela relevância científica, mas também pelo impacto visual. A meta é desafiar o senso comum e provocar uma reação de surpresa, o que facilita o aprendizado.

A produção dos vídeos também é um exemplo de inovação: realizada com o auxílio de equipamentos simples, como celulares e lâmpadas comprados por meio de um edital de extensão da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES). O apoio da FAPES garantiu que o projeto tivesse a estrutura necessária para levar as ideias dos alunos para milhões de usuários online.

Novas perspectivas no ensino de ciências

Para o professor Hilton, o projeto vai além de apenas ensinar física: “Queremos que as pessoas vejam a ciência de uma maneira lúdica e divertida”, diz ele. Os alunos também têm a chance de desenvolver habilidades de apresentação, já que precisam explicar cada experimento para a câmera de forma simples e clara. Segundo Gabriele, no início, falar para a câmera gerava ansiedade, mas a prática foi essencial para que os vídeos ganhassem uma qualidade melhor e atingissem mais público.

A equipe agora planeja estender o projeto, que originalmente terminaria ao final de novembro. Segundo os alunos, eles não esperavam que o alcance fosse tão expressivo, mas acreditam que a continuidade poderá incentivar ainda mais estudantes a buscar interesse nas ciências.

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