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Solidariedade

Projeto do ES transforma a vida de mulheres através da arte

Iniciativa acolhe mulheres em situação de vulnerabilidade social, oferecendo oficinas de artesanato, apoio psicológico e geração de renda sustentável

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No Projeto Fazendo Arte, o artesanato se torna mais do que uma técnica; é uma ferramenta de superação e empoderamento para mulheres em situação de vulnerabilidade. Foto: Reprodução Redes Sociais/ Instagram: @fazendoartevitoria

No Projeto Fazendo Arte, o artesanato se torna mais do que uma técnica; é uma ferramenta de superação e empoderamento para mulheres em situação de vulnerabilidade. Foto: Reprodução Redes Sociais/ Instagram: @fazendoartevitoria

Já imaginou como um simples bordado pode ressignificar vidas? Essa é a essência do Projeto Fazendo Arte, que nasceu para acolher mulheres em situação de vulnerabilidade social e transformar suas histórias através da arte. Vinculado ao Instituto de Desenvolvimento Social Bem Brasil, o projeto oferece mais do que oficinas culturais, ele proporciona esperança, autonomia e um espaço de pertencimento.

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“Queríamos criar um espaço que valorizasse essas mulheres e resgatasse suas histórias de vida. A partir delas, desenvolvemos ações culturais usando a artesania como ferramenta”, explica Mônica Rezende, coordenadora do projeto.

De Vitória para a Grande Vitória

O que começou no centro de Vitória como uma iniciativa local ganhou força e expandiu para outros municípios da Grande Vitória, como Cariacica e Vila Velha. No coração do Parque Moscoso, a casa do projeto se tornou um refúgio para mulheres que enfrentam desafios como violência, exclusão do mercado de trabalho e questões emocionais.

Ali, oficinas de crochê, tricô, bordado à mão e tingimento natural não só ensinam técnicas manuais, mas também estimulam a autoestima e a troca de experiências. A sustentabilidade também é parte essencial das atividades, com o uso de materiais reaproveitados, como plásticos descartados e tecidos biodegradáveis.

“Trabalhamos com materiais que seriam descartados, transformando o que antes era lixo em arte. Assim, contribuímos para a preservação ambiental e promovemos conscientização”, destaca Mônica.

A superação através da arte e do acolhimento

A experiência do Projeto “Fazendo Arte” é descrita por Estela Barth, uma participante que convive com fibromialgia, ansiedade e depressão. “Foi em 2021, após perder minha mãe, que encontrei ali uma motivação para seguir em frente. Comecei como aluna de bordado livre e me tornei voluntária, ajudando outras mulheres e sendo ajudada ao mesmo tempo”, compartilha.

Outras participantes, como Regina Bruzzi, artesã e futura pedagoga, também encontraram no projeto um ambiente de aprendizado e apoio emocional. “Quando cheguei, senti que era ali que queria estar. Mais do que aprender crochê, queria oferecer algo que unisse técnica e acolhimento”, revela Regina. A arte, como explicam as voluntárias, vai além da técnica e atua como um caminho para o fortalecimento pessoal e a escuta empática.

A arte como ferramenta de superação e inclusão

O Projeto “Fazendo Arte” tem sido uma ferramenta poderosa para o empoderamento feminino. Gabriela Almeida, bordadeira e instrutora, destaca como o projeto tem permitido a transição de alunas para voluntárias. “Comecei como aluna e, com o tempo, passei a ensinar bordado. Essa transição foi uma forma de retribuir tudo que aprendi e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de crescimento pessoal”, compartilha.

Além das habilidades artísticas, o projeto também estimula valores como solidariedade e empatia. Para Regina, o voluntariado é um caminho para o cuidado emocional, enquanto Estela se inspira em seus valores familiares para ajudar o próximo. “Minha mãe sempre me ensinou a importância de fazer o bem. Hoje, passo esses valores para meu filho de 4 anos”, afirma Estela.

O impacto social do projeto também é evidente nas histórias de superação, como a de uma mulher que, após um acolhimento emocional, conseguiu vencer pensamentos suicidas. “Foi recebida com carinho e, depois, revelou que estava prestes a cometer suicídio. O acolhimento fez toda a diferença”, relembra Estela.

Desafios e planos para o futuro

Apesar do impacto positivo, o Projeto “Fazendo Arte” enfrenta desafios financeiros, com a maior parte do financiamento vindo do Fundo Municipal de Defesa e Proteção do Consumidor, gerido pela Prefeitura de Vitória. No entanto, em períodos de incerteza financeira, as próprias mulheres atendidas se mobilizaram para manter o projeto funcionando.

“Nós enfrentamos um momento difícil, mas as próprias mulheres assumiram o projeto, contribuindo com pequenos valores para pagar as contas. Isso nos deu força para seguir em frente”, relata Mônica. Atualmente, a equipe busca diversificar as fontes de renda e expandir o projeto, incluindo a possibilidade de formatar aulas EAD para alcançar mais mulheres pelo Brasil.

Saiba como ajudar

Existem várias maneiras de contribuir: voluntariado, doação de materiais ou apoio ao bazar do projeto, cuja renda é destinada à manutenção das atividades. As doações de materiais podem ser entregues diretamente na sede do projeto, localizada na Praça Misael Pena, 168, no Parque Moscoso, no Centro de Vitória.

Com mais de 400 mulheres beneficiadas e cerca de 150 participando ativamente todos os meses, o Projeto Fazendo Arte prova que criatividade e acolhimento podem transformar vidas e comunidades inteiras.

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