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Impactos do Open Finance na gestão financeira das empresas

Thiago Aragão, fundador da Finbits, analisa os avanços tecnológicos dos pagamentos instantâneos (Pix), Open Finance e a moeda digital brasileira

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A ideia do sistema financeiro aberto aterrissou no Brasil por meio de uma agenda mais ampla chamada Agenda BC#. Por meio dela foram divulgados avanços tecnológicos, incluindo os Pagamentos Instantâneos (Pix), Open Finance e a moeda digital brasileira.

Antes do Open Finance, uma instituição financeira não enxergava o relacionamento que os clientes possuíam com outras instituições, o que em teoria reduz a competição entre elas, além de reduzir a quantidade de novos e melhores serviços para os consumidores.

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Com a permissão de cada cliente, as instituições podem acessar os dados bancários de outras instituições por meio de integrações entre as mesmas. Todo esse processo é feito em um ambiente seguro e a permissão pode ser cancelada sempre que os clientes desejarem.

Isso significa que uma pessoa poderá, por exemplo, usar o histórico de crédito que possui em um banco para contratar empréstimos com melhores condições em outras instituições participantes, bem como ter acesso a opções diferenciadas de investimentos e outros serviços financeiros.

Mas empresas também serão beneficiadas pelo que chamamos de era das Finanças Conectadas. Com uma visão voltada a dados integrados, o Open Finance poderá impactar a gestão de tesouraria das organizações, bem como influenciar a forma como decidimos contratar produtos e serviços financeiros.

As empresas terão maior acesso aos seus próprios dados financeiros, além de seus clientes e fornecedores, em uma única plataforma. Com a maior concorrência e informações mais precisas, poderá haver uma redução de juros e melhoria nos serviços financeiros ofertados.

Haverá também uma maior transparência e segurança de dados causada pela exigência da modernização tecnológica e, por fim, as organizações terão acesso a dados financeiros mais precisos e, dessa forma, poderão tomar decisões mais assertivas e gerenciar as suas finanças de forma mais eficiente.

O grande desafio do Open Finance na nossa visão será na elaboração das novas regulamentações, uma vez que é necessário garantir a segurança e a privacidade dos dados financeiros dos clientes, além de estabelecer padrões para a interoperabilidade entre as empresas que compartilham os dados.

Para os próximos anos, a expectativa é que o Open Finance traga um aumento da concorrência no setor financeiro, estimulando a personalização da oferta de produtos e serviços a partir dos seus próprios dados, bem como a melhoria substancial da experiência do cliente.

Esperamos que as melhorias fundamentais estejam disponíveis no menor prazo possível para as empresas brasileiras, pois a era das Finanças Conectadas contribui para o desenvolvimento de inovações cruciais para a adoção das boas práticas de gestão financeira com menor capacidade de investir em sistemas e controles internos.


*Thiago Aragão é CEO e Fundador da Finbits

 

 

 


Plural. Foto: Freepik

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