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Capixaba disputa vaga para levar pesquisa ao espaço em um foguete

O engenheiro Elliot Briant concorre a uma das seis vagas em missão espacial organizada pela SERA para integrar uma missão no foguete New Shepard

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Conhecido como Elliot, capixaba quer levar pesquisa ao espaço. Foto: Reprodução/Instagram/@the_social_hacker

Conhecido como Elliot, capixaba quer levar pesquisa ao espaço. Foto: Reprodução/Instagram/@the_social_hacker

O engenheiro de software Briant Moreira de Oliveira, 29 anos, conhecido nas redes sociais como Elliot, concorre a uma vaga para integrar uma missão no foguete New Shepard, da Blue Origin. Ele nasceu nos Estados Unidos, possui dupla cidadania e foi naturalizado brasileiro no Espírito Santo, onde vive desde os três anos.

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A iniciativa faz parte de uma seleção internacional promovida pela SERA Space Agency. Mais de 150 países participam do processo. Das seis vagas abertas, cinco são voltadas para o desenvolvimento de experimentos científicos em microgravidade.

Elliot inscreveu um projeto sobre os efeitos da ausência de gravidade no corpo humano. O objetivo é analisar como músculos, ossos e conexões neuromusculares se comportam em um ambiente espacial. O estudo pode gerar descobertas aplicáveis ao tratamento de doenças e ao envelhecimento na Terra.

O trabalho tem foco em biomarcadores, indicadores que permitem medir processos biológicos. Nesse caso, a análise está ligada à degeneração muscular, fenômeno comum em microgravidade e similar ao que ocorre em enfermidades como osteoporose, esclerose lateral amiotrófica e sarcopenia.

“Quero trazer de volta para a Terra os resultados desse experimento, para ajudar o desenvolvimento de novas tecnologias, procedimentos terapêuticos e medicamentos que possam tratar doenças neuromusculares, gerando impacto real na ciência e na vida das pessoas”, afirma.

Experiência na Nasa

O interesse por ciência e tecnologia abriu portas em instituições de ponta, como a NASA. Durante uma disciplina do curso de engenharia de software, ele participou de uma competição no Kaggle, plataforma de aprendizagem e competição para cientistas de dados, usando dados do telescópio Kepler, e identificou, quase por acaso, 37 possíveis exoplanetas, que orbitam estrelas fora do nosso Sistema Solar.

O feito repercutiu e chamou a atenção da equipe da NASA Open Data, que confirmou seu estudo. “Trabalhar na NASA me mostrou como a ciência é construída em equipe e o impacto que a tecnologia pode ter”, explica.

Como ajudar

O público pode contribuir diretamente com a candidatura de Elliot Briant. A votação é realizada em uma comunidade no Telegram, onde é possível criar um perfil e participar da missão junto com ele.

Além disso, Elliot Briant lembra que é possível ajudar de outras formas: engajando nas postagens com a hashtag da competição, participando da comunidade dele no Instagram e acompanhando sua jornada pelos canais oficiais.

O anúncio dos 18 selecionados para a etapa final será feito no final de outubro. “Cada participação é importante. Mais do que me ajudar, é uma forma de apoiar a ciência e mostrar que pessoas do Brasil, do nosso Estado, também podem chegar longe, até mesmo ao espaço”, conclui.