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O Gestor

Experiência e estratégia: Duar Pignaton é o convidado de “O Gestor” desta semana

Duar Pignaton foi o convidado do podcast “O Gestor” e abordou as oportunidades econômicas e como fez o modelo de negócio se destacar

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Duar Pignaton foi o convidado do podcast. Foto: Reprodução/Youtube

Duar Pignaton foi o convidado do podcast. Foto: Reprodução/Youtube

O podcast “O Gestor”, apresentado por Bruno Rigamonti e Gabriel Feitosa, recebeu Duar Pignaton, que tem atuação na área de energia, educação, entretenimento e alimentação. O podcast vai ao ar toda segunda-feira pelo youtube.

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Duar Pignaton cresceu na Barra do Jucu, região com poucas oportunidades econômicas. Apesar disso, encontrou desde cedo formas de se destacar. Desde o colégio, dedicou-se a conquistar boas notas e, como consequência, recebeu recompensas que o motivaram ainda mais. Ao conseguir bolsas de estudo, começou a experimentar os primeiros sinais de independência.

Ele passou a pensar em como os negócios poderiam funcionar sem sua presença constante. Essa foi a base para a criação de empreendimentos com gestão eficiente e autonomia operacional.

Modelo de gestão

  • Em vez de centralizar tudo em um só negócio, Pignaton construiu uma lógica voltada à diversificação.
  • Segundo ele, o ideal é ter negócios que caminhem sozinhos, sob o modelo de parceria.
  • Embora reconheça o valor da presença do dono no dia a dia, acredita mais na força de uma gestão compartilhada.
  • Ao optar por não ficar preso a um único setor, o empresário capixaba reduziu os riscos e ampliou as possibilidades.

Estratégias

  • Pignaton criou uma fazenda camping voltada para lazer de famílias da classe C e D da Grande Vitória.
  • Ao perceber a demanda por qualificação, buscou uma franquia de cursos profissionalizantes para o mesmo público. Leads da fazenda camping passaram a receber ofertas de cursos técnicos, aumentando o retorno por cliente.
  • Nova oportunidade surgiu com a abertura de uma ótica popular. Ela foi pensada para atender as dores do mesmo público, com benefícios cruzados entre os negócios.
  • Alimentação foi a aposta para diversificar os riscos do portfólio. Em 2013, ele investiu em duas lojas da franquia Zé Coxinha, voltada ao consumo rápido e acessível.
  • Venda por impulso mostrou limites do público alvo nesse segmento. A alimentação rápida funcionava, mas sem vínculo direto com o ecossistema anterior de clientes.
  • Nova virada veio com o investimento no Vila do Açaí. O delivery ganhou força e ajudou a manter o volume de vendas, reduzindo perdas e aumentando a previsibilidade.
  • Segmento de alimentação passou a ser explorado em profundidade. Com mais experiência, ele abriu novos negócios na mesma vertical, ampliando a atuação no ramo.
  • Estratégia une dois pilares: público alvo e segmento de mercado. Pignaton constrói negócios com base em horizontal (perfil do cliente) e vertical (tipo de produto ou serviço).

Perfil analítico

  • Desde jovem, ele se destacou mais pela organização e ação do que por ideias criativas e inovadoras.
  • Ele preferiu trabalhar com modelos prontos e ideias validadas por quem tem perfil mais criativo e intuitivo.
  • Sempre buscou sócios criativos que contribuíssem com inovação, enquanto ele cuidava da parte operacional e analítica.
  • Franquias e licenciamento foram caminhos para empreender com segurança. Pignaton apostou em negócios validados, mesmo sabendo das limitações e dependências do modelo de franquia.
  • Métricas, processos e controle sempre foram prioridade na atuação. Ele monitora indicadores e planeja com precisão, buscando eficiência e rentabilidade em cada operação.
  • Executar bem e medir resultados são pilares da gestão de Duar Pignaton. Essa visão pragmática permitiu crescer mesmo em áreas criativas como alimentação e entretenimento.

Satisfação ou zona de conforto?

  • Ele acredita que é preciso ser grato, mas manter a inquietude como combustível para evoluir sempre.
  • Com sete anos de operação, conquistou duas vezes o título de melhor escola da rede no Brasil. Apesar do sucesso, a lentidão da franqueadora desanimou e comprometeu sua motivação no projeto.
  • Ao buscar novos negócios, Duar não avaliou corretamente a sinergia entre as frentes que abriu: abrir negócios menores do que o atual foi um erro estratégico.
  • Segundo ele, negócios pequenos consomem energia demais e oferecem menos retorno proporcional ao esforço.
  • Hoje, Pignaton evita abrir negócios que não superem o que já possui. Prefere crescer onde está do que perder energia tentando multiplicar com estruturas frágeis.
  • Com o tempo, veio a maturidade para fazer escolhas mais estratégicas. Hoje, ele prioriza menos projetos e mais impacto.

Futuro

  • Em 2023, encerrou as atividades das escolas e assumiu um projeto de incorporação da fazenda familiar. O projeto da família envolve urbanização planejada e exige estrutura corporativa sólida. Nos próximos dois anos, pretende focar na consolidação desse projeto urbano.
  • Pretende fortalecer operações atuais dando participação e bonificação a colaboradores-chave. Quer tornar sustentável a sucessão de pequenas operações, mesmo sem intenção de vendê-las.
  • Deseja atender pequenos empresários com faturamento entre R$ 30 mil e R$ 300 mil. Planeja criar programa de mentoria ou consultoria e pretende ajudar empresas a encurtarem caminhos e evitarem erros comuns da jornada empreendedora.

O Gestor

Abordando boas práticas de gestão, cases reais e rodadas de bate-papo com os maiores gestores capixabas e nacionais sobre como é possível impactar os resultados de um negócio por meio de metodologias validadas em empresas de alto crescimento.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.