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Natureza

Casagrande e governadores entregam carta para presidente dos EUA nesta terça

Documento será enviado para o embaixador americano, Todd Chapman, com o objetivo de abrir canais de parcerias para a economia verde

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O governador Renato Casagrande e outros líderes dos Executivos estaduais entregarão ao embaixador americano Todd Chapman, nesta terça-feira (20), uma carta destinada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o objetivo de abrir canais de parcerias para promover a economia verde.

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A ação faz parte da iniciativa Governadores Pelo Clima, promovida pelo CBC (Centro Brasil no Clima) e tem a coordenação do governador capixaba.

O objetivo do grupo é impulsionar a regeneração ambiental, o equilíbrio climático, a redução de desigualdades e desenvolver cadeias econômicas de “menos carbono” nas Américas. Um texto preliminar foi estruturado com a participação de especialistas ambientais e foi encaminhado aos governadores para aprimoramento, consolidação e assinaturas.

Confira alguns pontos destacados pelos governadores

• A criação da “maior economia de descarbonização do mundo” entre os Estados Unidos e o Brasil, integrando a maior capacidade de investimentos do planeta, representada pela economia americana, com a maior base florestal da Terra (somando Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, Caatinga e Pampa), criando referências práticas para a regulamentação do artigo 6 do Acordo de Paris, a partir de créditos de descarbonização (CBIOs) e créditos de carbono, acelerando a transição da economia mundial para um modelo carbono neutro.

De acordo com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), com a atração de investimentos, o setor empresarial brasileiro tem a expectativa de certificar 1,5 bilhão de toneladas de CO² por ano, 300 vezes mais do que é feito hoje, gerando cerca de 45 bilhões de dólares.

Os Estados brasileiros têm enormes capacidades de contribuir com a captura de emissões globais através de programas de preservação de matas nativas e reflorestamento de baixo custo, combinados com o aumento da ambição da NDC nacional (metas voluntárias do país no Acordo de Paris), a redução da pobreza, o desenvolvimento de novos arranjos bioeconômicos e o fortalecimento das comunidades indígenas.

• Desenvolvimento de Planos Integrados e programas de capacitação para que os recursos investidos no Brasil, com foco na regeneração florestal, impulsionem rapidamente e consolidem cadeias econômicas sustentáveis.

É possível criar canais estruturados e descentralizados para viabilizar ações em larga escala, em múltiplos pontos do território brasileiro, possibilitando a proteção de vegetação nativa; a restauração de áreas degradadas; a inclusão de comunidades locais com capacitação planejada e geração de muitos empregos; e a incorporação de empresas, em diversas cadeias econômicas verdes, integrando as economias do Brasil e dos EUA, nos eixos de bioeconomia, bioenergia, agricultura de baixo carbono, energias renováveis, promovendo práticas sustentáveis de comércio internacional.

• Uso de mecanismos já disponíveis para aplicação segura e transparente dos recursos internacionais, garantindo resultados rápidos e descentralizados (fundos estaduais, integração com iniciativas não governamentais e novos arranjos institucionais com menos burocracia e maior impacto).

• Integração de todos os Biomas brasileiros no esforço de reflorestamento, regeneração ambiental e desenvolvimento socioeconômico regional, ampliando a ambição da NDC do Brasil, despertando nova cultura ecopolítica e criando oportunidades de um efetivo desenvolvimento inclusivo e sustentável em todos os Estados. O Brasil pode ampliar o verde da Terra não apenas na Amazônia, mas também em biomas de grande capacidade de captura de carbono e inestimável biodiversidade, como o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga e o Pantanal – que perdeu grandes áreas em incêndios em 2020.

“O texto básico para apreciação e consolidação dos governadores foi construído pelo Centro Brasil no Clima (CBC), com a participação de lideranças e especialistas do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), SOS Mata Atlântica, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Grupo de Economia do Meio Ambiente (GEMA), The Climate Group, Under2 Coalition e Instituto Tanaloa, com contribuições técnicas do cientista Carlos Nobre e do engenheiro florestal Tasso Azevedo”, apontou Sérgio Xavier, articulador da iniciativa Governadores Pelo Clima no CBC.


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