Queijos capixabas conquistam ouro em prêmio nacional

Queijo Morbier, da Vila Veneto, produzido em João Neiva, foi medalha de ouro no Prêmio Queijo Brasil. Foto: Reprodução/Instagram

O Espírito Santo voltou ao pódio do queijo nacional. Três queijos artesanais produzidos no estado conquistaram medalhas de ouro no VIII Prêmio Queijo Brasil, realizado na última quinta-feira (10), em Blumenau (SC). O evento reuniu mais de 2.200 participantes de 20 estados e avaliou centenas de produtos feitos por pequenas queijarias de todo o país.

Receberam a premiação máxima os queijos Boursin Erve de Provence, da Queijaria Pedrazul (Domingos Martins), Morbier, da Vila Veneto (João Neiva), e Minas Meia Cura Calvi, da Calvi Laticínios (Cachoeiro de Itapemirim). Todos ultrapassaram 95 pontos em uma avaliação técnica de até 100.

Além das medalhas de ouro, outras premiações reforçaram a presença capixaba no concurso. A Queijaria Pedrazul levou pratas com os queijos Boursin Lemon e Boursin Alecrim. A Vila Veneto também conquistou medalha de prata com o queijo Asiago e com seu doce de leite. Já o Sítio Hollunder, de Marechal Floriano, e a Queijaria Giacomin, de João Neiva, subiram ao pódio com medalhas de prata e bronze.

Crescimento com sabor local

Para o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, os resultados comprovam a qualidade da produção capixaba. “Essas premiações são motivo de orgulho para todo o Espírito Santo. Mostram que nossos produtores têm excelência, criatividade e tradição”, afirmou.

Atualmente, as queijarias artesanais representam mais de 40% das agroindústrias familiares no estado. Segundo dados do IBGE, o Espírito Santo conta com cerca de 1.763 estabelecimentos dedicados à produção artesanal de queijos — um patrimônio que une economia e cultura.

Incentivo e valorização do queijo artesanal

Com o objetivo de fortalecer esse setor, o Governo do Estado iniciou um projeto de mapeamento e valorização dos queijos artesanais capixabas. A iniciativa é financiada pelo programa Inovagro e coordenada pela Secretaria de Agricultura (Seag), com apoio do Incaper, Ufes e Epamig.

A pesquisa começou em fevereiro deste ano e vai identificar os diferentes tipos de queijo produzidos no estado, promover a regularização sanitária e agregar valor aos produtos. A expectativa é melhorar as práticas produtivas, reduzir perdas e ampliar o mercado consumidor.

A proposta também fortalece iniciativas como a Rota do Queijo Artesanal, que já atrai turistas e consumidores para regiões como João Neiva, as Montanhas Capixabas e o Caparaó — locais onde tradição, sabor e inovação caminham lado a lado.

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