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Marcas de café são proibidas por presença de toxina cancerígena

Os produtos proibidos contêm toxina ligada a doenças renais e devem ser retiradas do mercado, segundo determinação da Agência

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café, xícara de café

As 3 marcas vendiam “café fake” segundo a Anvisa. Foto: Agência

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta segunda-feira (2) a fabricação e venda de três marcas de “pó para preparo de bebida sabor café”. A decisão ocorre após análises detectarem a presença da toxina ocratoxina A (OTA), considerada imprópria para o consumo humano.

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As marcas proibidas são: Melissa, Pingo Preto e Oficial. Elas já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura no último dia 25 de maio. Na ocasião, a pasta informou que os produtos não atendiam às normas mínimas de qualidade exigidas para consumo.

Além da proibição da comercialização, a resolução da Anvisa determina o recolhimento de todos os lotes. Também ficam suspensas a distribuição, propaganda, uso e fabricação dos produtos.

Ingredientes de baixa qualidade

As inspeções apontaram que os rótulos dos produtos informavam conter “polpa de café” e “café torrado e moído”. No entanto, os ingredientes usados eram de qualidade inferior. Foram encontrados grãos crus e até resíduos.

O Ministério da Agricultura também identificou excesso de impurezas e matérias estranhas. Esses elementos estavam acima do limite de 1%, permitido pela legislação brasileira.

Entre os itens considerados inadequados estão:

  • Matérias estranhas: pedras, areia e sementes de outras espécies, como ervas daninhas;
  • Impurezas: galhos, folhas e cascas misturados ao produto final.

Essas substâncias podem indicar armazenamento inadequado, contaminação por pragas ou manipulação fora dos padrões sanitários exigidos.

Toxina oferece risco

A ocratoxina A é uma toxina produzida por fungos. Ela costuma contaminar grãos, carnes e o próprio café. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a OTA pode causar doenças renais crônicas, tumores urinários e inflamações persistentes.

Além disso, estudos indicam que a exposição à OTA pode afetar o desenvolvimento fetal e comprometer o sistema imunológico, deixando o organismo mais vulnerável a infecções.

“Ao contrário das evidências claras de toxicidade renal e câncer renal devido à exposição à ocratoxina A em animais, essa associação em humanos não é clara; no entanto, efeitos nos rins já foram demonstrados”, diz publicação de 2023 feita pela OMS.