Fecomércio-ES critica tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros

Tarifa de 50% foi anunciada nesta semana por Trump. Foto: Pexels

O Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac demonstrou preocupação com a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos. A medida começa a valer em 1º de agosto e pode afetar diretamente a competitividade de produtos brasileiros no mercado norte-americano.

Segundo a entidade, a decisão, tomada de forma unilateral, representa um retrocesso nas relações comerciais entre os países. Além disso, não há respaldo em acordos multilaterais para justificar a medida, o que gera insegurança no setor produtivo nacional.

Os Estados Unidos ocupam a segunda posição entre os principais destinos das exportações do Brasil. No entanto, com a nova tarifa, produtos de maior valor agregado, como aeronaves, autopeças e derivados de petróleo, podem perder espaço. Isso compromete embarques, gera incerteza e afeta a indústria.

Estados com perfil exportador, como o Espírito Santo, podem ser especialmente impactados. Com a tarifa, há risco de desestímulo à produção local e prejuízos ao comércio exterior. A medida também dificulta o planejamento de investimentos de empresas brasileiras.

Encarecer cadeia produtiva

A Fecomércio-ES reforça que, em vez de proteger a economia, a taxação tende a encarecer cadeias produtivas globais. Esse efeito pode prejudicar o crescimento econômico dos dois países envolvidos.

“Nos últimos dez anos, a balança comercial entre os dois países registrou superávit de US$ 51 bilhões em favor dos Estados Unidos”, destaca a entidade. Por isso, avalia que a tarifa é injustificada do ponto de vista econômico.

Ao lado da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Fecomércio-ES defende o uso do diálogo diplomático como alternativa. A entidade afirma que o caminho para resolver impasses deve ser baseado nos princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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