Dinheiro
ES registra menor taxa de desemprego do sudeste no 1º trimestre
Estado atinge 4% de desocupação no 1º trimestre de 2025, reduz informalidade e eleva rendimento médio dos trabalhadores

Taxa de desemprego é de apenas 4%. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Espírito Santo registrou a menor taxa de desemprego do Sudeste no primeiro trimestre de 2025. Com índice de 4%, o estado também divide a 4ª menor taxa do país com Paraná e Mato Grosso do Sul. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, analisados pelo Connect Fecomércio-ES, que pode ser acessada no Portal do Comércio ES.
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Embora tenha ocorrido um leve aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2024, esse resultado segue entre os melhores da série histórica iniciada em 2012. A elevação foi provocada pela saída de 18 mil pessoas da força de trabalho, que totalizou 2,148 milhões.
Apesar da variação, o número de desempregados se manteve estável: 85 mil pessoas. No entanto, houve uma queda expressiva em comparação ao mesmo período de 2024, quando 44 mil pessoas a mais estavam sem ocupação no estado. Além disso, reduziu o número de cidadãos que buscam emprego há mais de um ano, passando para 18 mil.
Segundo o coordenador do Connect Fecomércio-ES, André Spalenza, “a maioria dos desempregados (cerca de 67 mil) está em busca de trabalho há menos de um ano, o que indica maior rotatividade”.
Queda da informalidade
Outro ponto positivo foi a queda da informalidade. O índice recuou de 38,3% para 37,5%, representando menos 24 mil trabalhadores informais. Para Spalenza, a mudança contribui para mais proteção social, produtividade e arrecadação.
O levantamento mostra ainda que os setores de serviços e comércio concentram o maior número de empregos. Juntos, eles representam 68,7% da população ocupada, somando cerca de 1,417 milhão de pessoas.
A força de trabalho no estado é majoritariamente masculina, com 57% do total. No entanto, a taxa de desemprego entre as mulheres é maior: 5%, contra 3,4% entre os homens. A desigualdade salarial também persiste. Enquanto eles recebem, em média, R$ 3.666, elas ganham R$ 2.899 — uma diferença de 26,5%.
No aspecto financeiro, o rendimento médio mensal cresceu 2,6%, saindo de R$ 3.260 para R$ 3.344. O valor se refere ao trabalho principal de formais e informais, em todos os setores. Com isso, o Espírito Santo passou a ocupar o 9º lugar entre os estados com melhor rendimento do país, superando a média nacional de R$ 3.318.
“Esse aumento reflete a dinâmica de um mercado aquecido, com menos mão de obra disponível, o que pressiona os salários para cima”, afirmou Spalenza. Segundo ele, esse cenário impulsiona o consumo e fortalece a economia, especialmente nos setores de comércio, serviços e turismo.
