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ES cria comitê para avaliar impactos do tarifaço de Trump

O comitê será comandado pelo vice-governador, Ricardo Ferraço

Publicado

em

porto de capuaba

O estado terá um comitê para avaliar os impactos do tarifaço de Trump. Foto: Divulgação

O governador Renato Casagrande anunciou, nesta terça-feira (22), a criação de um comitê para acompanhar os efeitos das tarifas econômicas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e avaliar os impactos diretos no Espírito Santo. A coordenação ficará a cargo do vice-governador Ricardo Ferraço, com participação de representantes de diversas secretarias estaduais e instituições capixabas.

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De acordo com Casagrande, o grupo terá a função de monitorar as medidas adotadas pelo Governo Federal em resposta às novas taxações e dialogar com os setores produtivos afetados. “Vamos analisar os efeitos das tarifas, caso sejam mantidas, sobre a receita do Estado e municípios, bem como a necessidade da adoção de alguma medida para conter despesas”, afirmou.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que o Espírito Santo é o segundo estado mais afetado pelas novas tarifas, com 28,5% das exportações destinadas aos Estados Unidos, atrás apenas do Ceará, com 44,9%.

O vice-governador Ricardo Ferraço classificou as tarifas como prejudiciais ao país e especialmente ao Espírito Santo, cuja economia é fortemente voltada ao comércio exterior. “Somos uma das economias mais abertas do Brasil, com o dobro da média nacional. Rochas ornamentais, siderurgia, papel e celulose, além de produtos do agro como café, frutas, gengibre e macadâmia serão fortemente atingidos”, alertou.

Ferraço ressaltou ainda a importância da atuação conjunta entre o poder público e o setor privado para minimizar os impactos econômicos e sociais. “Sobretudo na manutenção dos empregos e das oportunidades que todos esses segmentos geram para a economia do Espírito Santo. São setores que contribuem com a arrecadação de impostos e financiam políticas sociais importantes”, destacou.

Entre os principais objetivos do comitê estão o diálogo com empresários e representantes das indústrias afetadas, a análise do impacto das tarifas na arrecadação estadual e municipal e a proposição de medidas preventivas para proteger as finanças públicas e a atividade econômica.

O grupo será composto por representantes das Secretarias de Desenvolvimento (Sedes), Fazenda (Sefaz), Casa Civil (SCV), Economia e Planejamento (SEP), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Banestes e Bandes. As instituições atuarão de forma integrada na elaboração de estratégias para mitigar os prejuízos causados pelas tarifas impostas pelo governo norte-americano.