Dinheiro
Confira os produtos do ES que estão livre do tarifaço de Trump
A lista traz ainda os produtos que são exportados para os EUA e que serão alvo do tarifaço

Entre os produtos isentos do tarifaço de Trump está o minério de ferro. Foto: Divulgação
O Espírito Santo será beneficiado pela decisão do presidente Donald Trump em conceder exceções para o tarifaço de 50% em cima dos produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos. A medida entra em vigor no dia 6 de agosto.
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Entre os itens produzidos no estado que entraram na lista de produtos com menor taxação estão pedras de cantaria, celulose, minério de ferro e ferro fundido. Já aço, granitos trabalhados, mármores, travertinos, café e produtos de café ficaram de fora. Vale lembrar que as tarifas aos produtos de aço e de alumínio, que atualmente somam 50%, estão mantidas e seguem outro decreto anterior.
Segundo o Observatório Findes, em 2024, o estado exportou 74 dos 694 produtos da lista de isentos da tarifa adicional, essas exceções representaram 47,1% do total comercializado com os EUA. A indústria capixaba vem enfrentando sérios desafios desde o anúncio da tarifa (9 de julho).
Clique e veja a lista completa dos produtos que foram isentos e os que continuam com o tarifaço
Uma pesquisa primária, sem cárter amostral, realizada pelo Observatório Findes entre 21 e 29 de julho mostrou que 81% das empresas respondentes, majoritariamente do setor de rochas ornamentais, tiveram exportações aos EUA suspensas ou canceladas. Também relataram aumentos nos preços de exportação, dificuldades logísticas, variações cambiais, atrasos e elevação de custos operacionais.
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) defende a ampliação do diálogo e da negociação com o governo dos EUA para proteger os interesses da economia capixaba e nacional. Os Estados Unidos são um importante parceiro comercial e o principal destino das exportações do ES, representando 28,6% das exportações do Estado em 2024.
A Findes entende que o tarifaço dos EUA representa um novo “choque econômico” mundial, agravado por um cenário global cada vez mais protecionista. Porém, agora, mais do que nunca, é preciso pensar no que vem a seguir e a articulação estratégica para mitigar os efeitos sobre a economia local será fundamental nesse processo.
