Atenção, estudantes: inscrições para o Fies abrem nesta terça

Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A partir desta terça-feira (12), estarão abertas as inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 2024. O programa do governo federal visa viabilizar o financiamento de cursos superiores em instituições particulares.

Uma grande novidade deste ano é a introdução do Fies Social, uma categoria que oferece condições especiais de financiamento para estudantes de baixa renda, possibilitando o custeio integral do curso.

Os interessados podem realizar as inscrições através do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, disponível no site do governo federal, até sexta-feira (15). O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 21 de março.

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De acordo com o Ministério da Educação (MEC), serão ofertadas 112 mil vagas em diversas áreas do conhecimento em todo o país. Metade dessas vagas será destinada à modalidade social do programa, ampliando as oportunidades para alunos de baixa renda ingressarem no ensino superior.

Fies Social

No início deste ano, o governo anunciou um novo programa de financiamento para auxiliar alunos de baixa renda a cursarem a graduação em instituições privadas de ensino superior. Para se qualificar ao programa, os estudantes devem cumprir os seguintes critérios:

• Estarem inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), um registro mantido pelo governo federal que reúne informações sobre famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica;
• Terem renda familiar per capita de até meio salário mínimo, o equivalente a R$ 706.

Diferenças

A distinção entre o Fies tradicional e o Fies Social traz mudanças importantes para os estudantes que buscam financiamento para cursar o ensino superior em instituições privadas.

No Fies Social, uma das principais alterações é a possibilidade de financiar até 100% do curso, algo que não era viável anteriormente. Antes, mesmo para alunos com renda familiar per capita mais baixa, o financiamento não cobria integralmente os custos educacionais.

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Por exemplo, em uma faculdade com mensalidade de R$ 10 mil, um estudante com renda familiar per capita de 1,5 salário mínimo podia conseguir apenas cerca de 85% de financiamento. Com a mudança, essa cobertura aumenta significativamente, aliviando o ônus financeiro sobre os estudantes.

Entretanto, é importante observar que mesmo com o financiamento de 100%, os limites estabelecidos pelo programa, conhecidos como “tetos”, ainda se aplicam ao Fies Social. Ou seja, o financiamento não ultrapassará R$ 42,9 mil por semestre, sendo R$ 60 mil para cursos como medicina.

Outra mudança relevante é a flexibilização na escolha dos cursos. Anteriormente, os alunos estavam limitados a cursos dentro da mesma área do conhecimento. Agora, com o Fies Social, os estudantes podem se inscrever em cursos de diversas áreas, ampliando suas opções e aumentando as chances de aprovação.