5 fake news sobre indenizações do Rio Doce para não cair em golpe

Bacia do rio Doce. Foto: Divulgação (Renova)

Promessas de dinheiro fácil, cadastros falsos e informações distorcidas têm circulado entre moradores impactados pelo desastre do Rio Doce. As chamadas fake news confundem famílias que aguardam indenizações e atrapalham quem mais precisa de apoio.

Para evitar novos prejuízos, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e a Defensoria Pública Estadual (DPES) reuniram as 5 principais fake news sobre o Acordo de Reparação. A promotora de Justiça Elaine Costa de Lima alerta sobre o golpe. “Diariamente somos confrontados com fake news, o que só prejudica a população. Lembrando que espalhar desinformação é crime”.

1. “Corra para garantir acesso ao Fundo das Mulheres”

O programa ainda está em fase de elaboração e não existe nenhum cadastro aberto. Também não é preciso advogado para participar.

2. “Já está aberto o cadastro no Programa de Transferência de Renda”

O benefício só será pago a pescadores com RGP ativo até 30/09/2024 e a agricultores com CAF ou DAP válidos até 06/03/2025. Qualquer cadastro agora é falso.

3. “Todo mundo está dentro da mancha de inundação”

O mapeamento feito pelo Iema em 2022 identificou áreas atingidas pela cheia em Linhares e Aracruz. Não se trata de toda a bacia hidrográfica.

4. “Ninguém fiscaliza as ações de reparação”

O MPES e a DPES participam diretamente da governança do acordo, acompanhando indenizações, execução de programas e uso dos recursos públicos.

5. “Todo o litoral do Espírito Santo está incluído”

Só foram reconhecidos como atingidos os municípios de Serra, Fundão, Aracruz, Linhares, São Mateus e Conceição da Barra. Anchieta também foi incluída, mas por conta dos impactos econômicos da paralisação da Samarco.

Informação é proteção

Os órgãos reforçam que qualquer dúvida deve ser esclarecida diretamente com o MPES ou a DPES. A orientação é desconfiar de mensagens que prometem vantagens imediatas ou exigem cadastros fora dos canais oficiais.

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