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Vitória entra na onda e quer barrar bebê reborn em hospitais

Além do SUS, a proposta também proíbe atendimento “médico” para bebê reborn em hospitais privados

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Projeto proíbe atendimento de bebê reborn em hospitais do ES. Foto: Divulgação

Pode até parecer brincadeira, mas não é. Um projeto de lei em tramitação na Câmara de Vitória propõe proibir o atendimento médico a bonecas hiper-realistas, conhecidas como “bebês reborn”, em hospitais e unidades de saúde públicas ou privadas da capital. A proposta surge após uma série de vídeos nas redes sociais em que pessoas aparecem levando os bonecos para consultas pediátricas e simulações hospitalares.

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O texto é de autoria do vereador Armandinho Fontoura (PL) e estabelece penalidades para as instituições que realizarem esse tipo de atendimento. Em caso de descumprimento, a unidade de saúde poderá receber uma advertência formal e, em caso de reincidência, multa de até R$ 10 mil. Médicos, enfermeiros e demais profissionais envolvidos também poderão ser denunciados aos respectivos conselhos de classe.

“Estamos assistindo ao completo desvirtuamento do sistema de saúde. Médicos estão sendo coagidos e até agredidos por se recusarem a atender bonecos. É surreal. Saúde pública é para gente de verdade, para quem precisa!”, afirmou o parlamentar.

Além da proibição, Armandinho apresentou outro projeto que cria um programa de saúde mental voltado para pessoas que se identificam como “pais” ou “mães” dos bonecos. A proposta prevê apoio psicológico e ações de orientação para evitar que o uso do reborn se transforme em fuga da realidade.

“O reborn pode ter uso terapêutico. Mas quando o apego passa a exigir vagas em hospital ou consulta com pediatra, já virou transtorno. O sistema de saúde não é palco para fantasia”, completou o vereador.

As duas propostas seguem agora para análise nas comissões da Câmara. Caso seja aprovado, Vitória poderá ser uma das primeiras capitais brasileiras a restringir oficialmente o uso indevido dos serviços de saúde por conta da popularização de bebê reborn.

O tema tem ganhado atenção em outras partes do país. Em São Paulo, a vereadora Sonaira Fernandes (PL) apresentou projeto semelhante. Já na Câmara dos Deputados, há propostas em discussão para impedir o uso dos bonecos em filas prioritárias e atendimentos hospitalares.