Visitante poderá andar no letreiro do Morro do Moreno

Vista do Morro do Moreno, em Vila Velha, onde letreiro será instalado. Foto. Danielli Saquetto

Turistas e capixabas vão poder andar sobre o letreiro que será instalado no Morro do Moreno, em Vila Velha. A novidade será colocada na parte frontal do Morro da Macaca, proporcionando uma vista para a Terceira Ponte e o Convento da Penha. A confirmação foi feita pelo prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, durante o quadro “Fala Aí, Prefeito” no EStúdio 360, nesta quinta-feira (4).

“Nós temos a previsão de um letreiro sim, mas não da forma como a imprensa veiculou. Colocaram uma foto da mata e um letreiro no estilo Hollywood. Não será dessa forma. O projeto ainda será apresentado para a sociedade. Vou dar um spoiler: as pessoas vão poder andar por esse letreiro que será instalado no Morro do Moreno. Essa instalação vai demonstrar ainda mais a potencialidade desse que é um dos cartões-postais do estado. Não vai atrapalhar o meio ambiente e o turismo só tem a ganhar”, disse Arnaldinho.

Ainda segundo o prefeito, o Morro do Moreno receberá diversas melhorias, incluindo a construção de mais dois mirantes, a instalação de banheiros e uma cafeteria. Entre as novidades, está a implementação de um funicular que promete levar as pessoas até o topo, proporcionando acessibilidade para pessoas com deficiência.

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CURIOSIDADES SOBRE O MORRO

O Morro do Moreno localiza-se na Praia da Costa, Vila Velha, tem aproximadamente 190 metros de altura mínima em nível do mar. É um dos cartões-postais do Espírito Santo.

Atualmente, o Morro do Moreno é um dos poucos fragmentos da Mata Atlântica em área urbana do município de Vila Velha, havendo a área do Morro do Convento da Penha, do Morro da Marinha, do Parque Natural Municipal do Morro da Manteigueira e do Monumento Natural do Morro do Penedo, os quais juntos formam um corredor ecológico localizado na área urbana do município.

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A fauna local, apesar de possuir, em sua maioria, espécies de pouca relevância do ponto de vista de conservação, apresenta a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) que está em perigo, segunda a lista de fauna e flora do Espírito Santo ameaçadas de extinção. Já o sagui-da-cara-branca (Callithrix geoffroyi), apesar de não estar ameaçada de extinção, é uma espécie muito carismática entre o público em geral, a qual pode ser utilizada em campanhas de conscientização da proteção do local.

HISTÓRIA DO MORRO

O Morro do Moreno inseria-se no contexto geodésico da Sesmaria Fazenda da Costa. Na sua base estava localizada a sede da Fazenda da Costa de Vasco Fernando Coutinho, e tinha as seguintes dimensões: 15 léguas de comprimento, do Morro até a Barra do Jucu, e 3 léguas de largura, da faixa litorânea para o interior (sentido leste-oeste).

A versão mais conhecida sobre a origem do nome deste morro remonta ao início da colonização do Espírito Santo, pois o Morro do Moreno era usado como posto de observação com o objetivo de assegurar a defesa de Vila Velha e Vitória dos ataques de navios corsários. Vasco Fernandes Coutinho nomeou o colono João Moreno, como o responsável pela observação e também pela plantação no local, passando a ser denominado desde os primórdios da ocupação de Morro do Moreno. Posteriormente serviu de Posto Semafórico com um sistema de sinalização para entrada de navios na Baía de Vitória, que funcionou até as primeiras décadas do século XX.

O Morro do Moreno foi desmembrado da antiga Sesmaria da Fazenda da Costa, para Delfino Antônio Pereira e vendido a Ignácio Martins de Jesus Leal em 03 de dezembro de 1888. A única filha do proprietário, Angelina Martins da Silva Leal, vendeu a propriedade que incluía o Morro do Moreno à Miguel Manoel de Aguiar em 25 de maio de 1929.

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