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Um em cada quatro motoristas admite usar celular ao volante

Segundo Ministério da Saúde, Vitória é quarta capital do país com maior percentual de pessoas que admitem cometer a infração

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Celular ao volante

Segundo o Ministério da Saúde, 25% dos jovens de 25 a 34 anos usam celular enquanto dirigem. Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um em cada quatro motoristas de Vitória afirma usar o celular enquanto dirige. A capital capixaba é a 4ª do país com maior percentual de pessoas que assumem cometer essa infração, segundo a pesquisa Vigitel 2018 (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada pelo Ministério da Saúde e divulgada ontem. Vitória tem 23,7% de respostas positivas à essa pergunta. Na frente estão Belém (PA), com 24,1%, Rio Branco (AC) e Cuiabá (MT), com 24,0%. A média do país é de 20%.

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Pessoas com idade entre 25 e 34 anos (25,1%) e com alto nível de escolaridade (26% têm 12 anos de estudo ou mais) são as que mais assumem esse comportamento. A pesquisa ouviu 52,3 mil pessoas por telefone em todas as capitais no ano passado e, desde 2006, monitora fatores de risco à saúde, incluindo a temática de trânsito.

Em 2018, 19.072 multas foram aplicadas no Espírito Santo a condutores flagrados dirigindo usando o celular, de acordo com dados do Detran-ES (Departamento Estadual de Trânsito). Foi a quarta infração mais cometida, atrás apenas de excesso de velocidade, estacionamento em local proibido e avanço de sinal.

As capitais que registraram menor uso do celular ao volante, segundo a pesquisa, foram Salvador (BA), co 14,2%, Rio de Janeiro (RJ), com 17,2%, e São Paulo (SP), com 17,4%.
Dirigir segurando ou manuseando o celular é infração gravíssima, rende 7 pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 293,47. Quem usa os fones ligados ao celular enquanto dirige comete uma infração média, leva quatro pontos e paga R$ 130,16.

Mais do que uma questão de comportamento, o alerta do ministério é para o risco à saúde pública. Combinar celular e direção aumenta o risco de acidentes de trânsito, que são a segunda maior causa de morte em todo o país.

Em 2017, 35,3 mil pessoas morreram e 166,2 mil foram internadas em decorrência de acidentes de trânsito.

Diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Dirceu Rodrigues Alves, disse que o motorista que usa o celular fica “cego” para o trânsito, pois bloqueia a visão e a audição, retarda a resposta motora e perde a concentração e a percepção.

“Temos que conscientizar sobre esse risco com educação de trânsito desde a infância. Para tirar a habilitação, basta guiar a 40 km/h, pegar uma subida e fazer baliza. Não se discute os problemas atuais, como o uso do celular e o consumo de álcool”.