Dia a dia
Um ano depois, ‘palmeira falsa’ continua em Pedra Azul
Em agosto de 2023 uma antena disfarçada de palmeira foi instalada na região, ofuscando a beleza de um dos cartões postais do ES, a Pedra Azul
A antena disfarçada de palmeira e que ofusca a beleza de um dos cartões postais do Espírito Santo, permanece em Pedra Azul. Em agosto de 2023 o portal ES360 divulgou em primeira mão a instalação de poste muito próximo a Pedra Azul, um dos cartões postais do Espírito Santo. A população capixaba ficou surpresa, principalmente pelo fato do objeto ter sido camuflado com folhas de coqueiro. Mas um ano se passou e nada foi feito.
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A situação ganhou repercução após um vídeo gravado pelo fotógrafo Gabriel Lordêllo. “Só aqui no Espírito Santo uma paisagem linda dessa. Mas acho que é só aqui também que permitem a instalação de uma antena. Tentaram disfarçar com uma palmeira artificial”, disse Lordêllo na época.
Após a reportagem, técnicos do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) estiveram no local e identificaram que o objeto, que ofusca a beleza de Pedra Azul, é mesmo uma antena utilizada para transmitir sinal de telefonia móvel.
Na época o Iema informou por meio de nota que “O licenciamento da atividade de instalação de torres e estações de telecomunicações é de competência municipal e encontra-se na relação de atividades consideradas dispensadas de licenciamento ambiental”.
Ainda de acordo com órgão, esse tipo de atividade não está submetida a anuência ou ciência da Unidade de Conservação do Parque Estadual de Pedra Azul. “Informações sobre a regularidade da instalação da torre deverá ser obtida junto ao município”, concluiu o comunicado do Governo.
Acordo
Na época da instalação, a prefeitura de Domingos Martins informou que a antena causava poluição visual ao monumento e mandou a Vivo, empresa responsável pela distribuição do sinal 5G na região, retirá-la e instalar em outro local que não comprometesse o paisagismo do ponto turístico.
Após uma reunião, que contou com a empresa terceirizada responsável pela instalação, foram discutidos temas como a necessidade do serviço de internet no local, tanto para a população, empresários e turistas que frequentam a Rota do Lagarto e a prefeitura recuou.
“Não se pode desconsiderar que, na atualidade, todo empreendimento depende de estar conectado à rede para funcionar propriamente. Grande parte das atividades, inclusive as básicas do dia a dia, como pagar contas, fazer transações bancárias e ter acesso aos noticiários, é realizada on-line”, informou a prefeitura em nota.
Segundo o comunicado, uma equipe técnica apresentou estudos que mostraram que o local onde a antena está instalada é o mais apropriado para que a conexão dos usuários à internet seja de qualidade.
“A localização da antena também depende da disponibilidade e interesse dos donos de propriedades particulares em alugar o terreno necessário, sendo esse mais um fator determinante para que o equipamento fosse instalado onde está”.
A prefeitura informou também que, tanto a Vivo quanto a empresa terceirizada se comprometeram a atuar juntamente ao Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) em projeto de início imediato para minimizar o impacto visual causado pela antena.
Um ano depois
Um ano depois da instalação da antena, nós entramos em contato com a Vivo, que informou por meio de nota que “está com equipamentos ativos na torre mencionada pela reportagem para oferecer cobertura na região. Sobre as possíveis adequações, a empresa detentora da referida infraestrutura de suporte já está em contato com os órgãos competentes.”
Nós também procuramos a Prefeitura de Domingos Martins, que esclareceu que a empresa que instalou a antena está buscando a regularização do equipamento junto ao Iema, pois o Parque da Pedra Azul fica sob domínio do Governo do Estado. Também entramos em contato com o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), que informou que, na época, a empresa responsável foi multada e notificada para retirar a antena. O Iema ainda afirmou que a empresa ainda havia se comprometido a apresentar alternativas locacionais para a instalação da antena, o que não foi feito até o presente momento e, por isso, será notificada novamente.
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