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Sucessor do Papa Francisco pode ser brasileiro? Entenda

Entre os 135 cardeais aptos a votar, sete são do Brasil. Conclave deve acontecer após o dia 5 de maio

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Papa Francisco morreu na última segunda-feira (21) e recebeu milhares de homenagens no mundo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Papa Francisco morreu na última segunda-feira (21) e recebeu milhares de homenagens no mundo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A morte do Papa Francisco, na madrugada desta segunda-feira (21), marca um momento crucial para a Igreja Católica. A escolha do próximo Pontífice será feita por meio de um conclave, que reunirá cardeais de todo o mundo. O ritual tem previsão para começar entre os dias 5 e 10 de maio.

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Entre os 135 cardeais aptos a votar, sete são do Brasil. De acordo com especulações publicadas pela CNN, Dom Sérgio da Rocha, atual arcebispo de Salvador, seria o favorito entre os brasileiros. Ele foi proclamado cardeal por Francisco em 2016. No entanto, as chances de ele ser o escolhido são remotas.

Dom Sérgio da Rocha é o primeiro brasileiro indicado para o Conselho de Cardeais (ou “C9”), grupo criado por Francisco em 2013. O conselho tem como objetivo auxiliar nas reformas da Cúria Romana. Além disso, o cardeal possui uma forte atuação internacional, participando de fóruns importantes do Vaticano.

Entretanto, jornalistas internacionais destacam que as chances de eleger dois papas latino-americanos consecutivos são extremamente baixas. Muitos observam que nomes de cardeais latino-americanos não estão nas listas de favoritos. Vale lembrar que no último conclave, o Papa Francisco também não estava entre os favoritos.

Cotados

O Colégio de Cardeais, responsável por escolher o próximo Papa, é composto por 135 eleitores — cardeais com menos de 80 anos. A maioria dos cardeais vem da Europa, com 53 representantes. Em seguida, estão Ásia (23), América do Sul (17), África (18), América do Norte (16), América Central (4) e Oceania (4).

Em termos de nomeação, a maioria dos cardeais eleitores foi criada pelo próprio Papa Francisco. São 108 cardeais nomeados por ele durante seu pontificado. O Papa Bento XVI nomeou 22 cardeais, e João Paulo II indicou 5.

Diversas listas de possíveis sucessores circulam entre especialistas, estudiosos e até casas de apostas. Essas listas costumam apontar cerca de 10 nomes como “bons candidatos”, o que torna o resultado do conclave imprevisível.

Alguns nomes, no entanto, aparecem com mais frequência. O cardeal italiano Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano desde 2013, é considerado um dos favoritos. Ele ocupa uma função semelhante à de primeiro-ministro, sendo visto como o “número 2” do Papa.

Outro italiano cotado é Matteo Zuppi, que atua na Comunidade de Santo Egídio. Esta organização é apelidada de “pequena ONU” e conferiu ao cardeal grande experiência diplomática. Além dele, Pierbattista Pizzaballa, líder da Igreja Católica no Oriente Médio, também figura nas listas. Ele é conhecido por seu trabalho em prol do diálogo inter-religioso entre cristãos, judeus e muçulmanos.

Caso os cardeais optem por não eleger um Papa europeu, o filipino Luis Antonio Tagle surge como um forte candidato. Arcebispo emérito de Manila, ele é conhecido por seu compromisso social com os mais pobres e pela capacidade de atuar como uma ponte entre diferentes correntes dentro da Igreja.