Dia a dia
Substâncias cancerígenas na água: “Problema não existe mais”, garante Cesan
Empresa descarta contaminação em água de 8 cidades capixabas

Água. Foto: Pixabay
Depois de um estudo apontar a presença de substâncias cancerígenas na água de oito cidades do Espírito Santo, a Cesan afirmou que a água está segura para a população e que os parâmetros apontados fora da normalidade já foram resolvidos. O levantamento Mapa da Água apontou a presença de arsênio e chumbo e outras substâncias consideradas de risco, como mercúrio e ácidos halocéticos e trihalometanos em cidades como Serra, Guarapari e Domingos Martins.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
Nas outras cidades da Grande Vitória, foram identificadas substâncias que geram riscos à saúde e que podem causar doenças renais, cardíacas respiratórias e alteração no sistema nervoso central a periférico. Estão classificadas nesta categoria as cidades de Vitória, Cariacica e Vila Velha
Segundo o engenheiro químico e gerente operacional da Cesan, André Lima, as substâncias ácidos halocéticos e trihalometanos foram identificadas no primeiro semestre de 2019 e, no segundo semestre daquele ano, a empresa começou a fazer testes para resolver o problema. Em 2020, foi implantada uma nova metodologia de tratamento da água que conseguiu eliminar a situação.
“O problema já não existe mais. A Cesan quer tranquilizar a população em relação à ingestão da água que é distribuída na Serra e todos os municípios atendidos pela empresa. Nossa legislação é muito segura. Para se chegar nesses limites estabelecidos levou-se em consideração uma pessoa de 70 anos que durante toda a vida ingeriu quatro litros de água contaminada por dia”, explicou o gerente.
Questionado sobre o motivo das substâncias terem sido encontradas, ele explicou que no caso dos ácidos halocéticos e trihalometanos, as substâncias orgânicas são formadas pela ação do cloro em contato com outras substâncias, a partir de geração industrial. E, segundo ele, o que favoreceu os índices estarem fora da normalidade foi a escassez hídrica que reduziu o volume dos rios nos anos de 2016, 2017 e 2018, que proporcionou uma elevação desses produtos que geram os trihalometanos.
Sobre os metais pesados, ele justificou que foi um erro de lançamento dos valores no programa do governo federal.
