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Situação de emergência: ES bate recorde de queimadas

Só no mês de setembro, foram registradas 91 pontos de queimadas. O número é maior que o registrado no ano passado

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Incêndio às margens da Rodovia do Contorno

Queimadas às margens da Rodovia do Contorno, na Serra, causa risco aos motoristas. Foto: Reprodução/WhatsApp

De acordo com  Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), só nos oito primeiros dias de setembro, o Espírito Santo registrou 91 focos de incêndio em vegetação. O número é quase o dobro do registrado durante todo o mês no ano passado, quando foram contabilizadas 54 ocorrências. 

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Ainda de acordo com os dados do Inpe, de janeiro ao dia 8 de setembro de 2024, foram registrados 425 casos contra 233 do mesmo período do ano passado. Pelo levantamento, por enquanto, agosto lidera o número de ocorrência, com 100 casos. 

Por conta do grande número de queimadas, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, decretou no último sábado situação de emergência no estado. 

“Estamos intensificando as ações de combate, contando, principalmente, com a colaboração da população. É essencial que todos contribuam, evitando queimadas irregulares e denunciando os focos de incêndio”, disse. 

Um dos maiores incêndios registrados no mês foi no Morro da Tirolesa, em Pancas. A região possui o maior circuito de tirolesa da América Latina. O equipamento chegou a ser fechado no último fim de semana por causa do fogo e da grande quantidade de fumaça. 

A Defesa Civil do município informou nesta segunda-feira que o fogo foi totalmente controlado, mas que segue monitorando a área para apagar novos focos. Ao todo, as chamas destruíram mais de 250 mil metros de vegetação, o equivalente a 32 campos de futebol. 

Em entrevista à rádio BandNews ES, a Capitão Andresa, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado, falou sobre a crescente onda de incêndios no estado. Segundo ela, a situação é crítica, especialmente devido ao aumento significativo no número de ocorrências em comparação com anos anteriores.

Causas e Riscos dos Incêndios

Uma questão recorrente é a origem desses incêndios. A Capitão Andresa confirmou: “Infelizmente, as maiores causas são humanas, especialmente as pessoas que vão limpar o terreno ou colocar um fogo no lixo.” Em períodos secos, qualquer faísca pode provocar grandes incêndios, um problema agravado pelo vento que espalha as chamas.

Orientações de Segurança para a População

Sobre como a população deve agir em caso de incêndio próximo, a Capitão Andresa orientou: “Se estiver próximo à residência, é importante sair. Realmente. A nossa prioridade são vidas.” A fumaça, além de tóxica, pode ser extremamente perigosa, e a segurança deve ser a prioridade. Ela alertou ainda para que, em casos de incêndio, as pessoas acionem o Corpo de Bombeiros em vez de tentar combater as chamas sozinhas, especialmente se não tiverem treinamento adequado.