Capitão Andresa destacou a gravidade da situação atual: “As demandas, elas estão intensas. Nós estamos num período de estiagem, a vegetação está muito seca e o incêndio se propaga muito rápido nessas condições.” Ela revelou dados preocupantes sobre o aumento dos incêndios. Em junho de 2023, houve 175 casos, enquanto no mesmo mês de 2024, foram 305. Já em julho, os números saltaram de 267 para 688, comparando os anos de 2023 e 2024.
Causas e Riscos dos Incêndios
Uma questão recorrente é a origem desses incêndios. A Capitão Andresa confirmou: “Infelizmente, as maiores causas são humanas, especialmente as pessoas que vão limpar o terreno ou colocar um fogo no lixo.” Em períodos secos, qualquer faísca pode provocar grandes incêndios, um problema agravado pelo vento que espalha as chamas.
Orientações de Segurança para a População
Sobre como a população deve agir em caso de incêndio próximo, a Capitão Andresa orientou: “Se estiver próximo à residência, é importante sair. Realmente. A nossa prioridade são vidas.” A fumaça, além de tóxica, pode ser extremamente perigosa, e a segurança deve ser a prioridade. Ela alertou ainda para que, em casos de incêndio, as pessoas acionem o Corpo de Bombeiros em vez de tentar combater as chamas sozinhas, especialmente se não tiverem treinamento adequado.
Táticas de Combate e Recursos
Os métodos de combate a incêndios variam conforme a situação. “Nós temos o combate direto, com a água diretamente ali nas chamas, ou o combate que a gente chama de indireto,” explicou a Capitão Andresa. A utilização de abafadores e a construção de aceiros são táticas comuns. Além disso, o Corpo de Bombeiros conta com a colaboração de diversas entidades, como a Defesa Civil Municipal, o IEMA, e a Aeronáutica, que auxiliam no combate com técnicas especializadas e equipamentos.
Desafios e Esforços no Interior do Estado
Atualmente, os maiores incêndios estão localizados em áreas do interior do Estado, como em Pancas e no Parque de Castelo. “No interior do Estado, os esforços estão concentrados nesses dois incêndios,” informou a Capitão. As equipes enfrentam desafios significativos devido às condições adversas e à dificuldade de acesso a essas áreas.
A Capitão Andresa também ressaltou a importância do trabalho conjunto com as prefeituras e outras instituições para o controle das chamas e a proteção da população. “A turfa, realmente, como ela queima por baixo ali, a gente precisa de muita água para alagar,” explicou, referindo-se às áreas onde o fogo é particularmente difícil de controlar.