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Dia a dia

Sêxtuplos ocorrem a cada 4,7 bilhões de casos de gravidez

“É mais fácil ganhar na loteria do que engravidar de forma natural de sêxtuplos”, diz a ginecologista Isabela Rangel

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Sêxtuplos capixabas. Foto: Michel Macedo

Sêxtuplos capixabas. Foto: Michel Macedo

O nascimento dos sêxtuplos capixabas pode ser considerado uma obra rara da natureza. Estima-se que o nascimento de seis bebês, como foi visto no último domingo (1º), em Colatina, aconteça em um a cada 4,7 bilhões.

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Os sêxtuplos nasceram em 10 minutos às 17h10 deste domingo no São Bernardo Apart Hospital. Quezia Romualdo, de 29 anos, deu à luz a Théo, Matteo, Lucca, Henry, Maytê e Eloá. A dona de casa e o marido, o marceneiro Magdiel Costa, de 31 anos, já são pais de uma menina de quatro anos. O casal conseguiu a gravidez rara de forma natural.

A ginecologista Isabela Rangel comentou que nunca havia visto uma gravidez natural de sêxtuplos. “Eu fui uma busca sobre a incidência da gestação de sêxtuplos, porque era algo que eu nunca tinha vivenciado. Essa gestação acontece uma a cada 4,7 bilhões. É mais fácil ganhar na loteria do que engravidar de forma natural de sêxtuplos”.

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Uma gestação gemelar é sempre de alto risco, mas que no caso da capixaba, que carregou seis bebês no útero, a gravidez foi considerada ainda mais rara e de altíssimo risco. “Nenhum tratamento mesmo de reprodução assistida o objetivo é ter gestações múltiplas, pois conhecemos os riscos maternos e fetais. Esse tipo de gestação tem risco maior de prematuridade, descolamento de placenta, risco de hipertensão e diabetes para a mãe e tantos outros. Tudo isso traz receio para os profissionais que estão acompanhando”, comentou a ginecologista.

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ESTADO DE SAÚDE DOS BEBÊS

Theo, Matteo, Lucca, Henry, Eloá e Maytê estão estáveis e são acompanhados de perto na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin). O maior bebê nasceu com 1,03 kg e o menor com 635 gramas, enquanto os demais têm peso acima de 800 gramas.

O quadro dos bebês é delicado por conta da idade gestacional – 27 semanas -, embora estável. “São crianças graves, por conta da idade gestacional. Mas eles estão estáveis, precisando de suporte ventilatório nessas primeiras horas de vida. Sabemos que os bebês perdem peso quando nascem, nessa primeira semana a perda de peso é esperada. Trabalhamos com suporte nutricional para que elas possam desenvolver o peso da melhor forma possível”, afirmou a pediatra Bianca de Medeiros, coordenadora da Utin.

Os sêxtuplos seguirão internados na Utin pelos próximos meses. Não é possível determinar quando os bebês terão alta. Os irmãos podem ser liberados para casa em datas diferentes, à medida que ganharem peso.

“Nós já tivemos bebês menores e mais novos que os sêxtuplos aqui no hospital. Mas seis de uma vez só é a primeira vez. Demandou muita organização, treinamentos, para que toda equipe estivesse engajada em prestar o melhor atendimento possível. O tempo aproximado de internação é de três meses, mas isso é uma previsão, tudo vai depender se eles vão evoluir para alguma intercorrência ou não. Quando eles estiverem maiores, um pode evoluir mais rápido que o outro e ir para casa antes dos irmãos”, esclarece Bianca de Medeiros, coordenadora da Utin do São Bernardo Apart Hospital.


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