Dia a dia
Projeto prevê hotel, tirolesa e restaurante no parque de Itaúnas
Proposta ainda depende de aprovação final, após a realização de audiências públicas, e enfrenta oposição de setores que defendem a preservação
O Parque Estadual de Itaúnas (PEI), em Conceição da Barra, e o Parque Estadual Paulo César Vinha (PEPCV), em Guarapari, poderão ganhar novos atrativos turísticos caso a proposta de concessão de seis unidades de conservação do Espírito Santo seja aprovada. Entre as novidades planejadas estão a construção de restaurantes, hospedagens em glampings e bangalôs, além de estruturas para ecoturismo e turismo de aventura, como teleféricos, tirolesas e trilhas revitalizadas. No entanto, o projeto ainda depende de aprovação final, após a realização de audiências públicas, e enfrenta oposição de setores que defendem a preservação integral dessas áreas ambientais.
No Parque de Itaúnas, a proposta inclui a criação de cinco polos distintos. Entre as principais atrações previstas estão o mirante do pôr do sol nas dunas, uma tirolesa até a praia, além do memorial da antiga vila histórica, que será revitalizada. Dois novos complexos de pousadas, cada um com 15 quartos, também estão no projeto, acompanhados de restaurantes e uma piscina flutuante. A área da sede do parque deverá passar por uma reestruturação, com novos centros de visitantes, apoio para barcos e um pavilhão de quiosques reformado na Praia de Itaúnas.
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A revitalização do Hotel Barramar, projetado por Oscar Niemeyer e localizado em uma extremidade do parque, também faz parte do plano. Na Praia do Riacho Doce, um restaurante seria construído, e as intervenções previstas na antiga foz do Rio Itaúnas e na trilha dos pescadores incluem a criação de novas áreas de lazer e hospedagem.
- Projeto prevê pavilhão das barracas, em Itaúnas. Foto: Divulgação
- Após a concessão ser aprovada, um restaurante também deve ser construído em Itaúnas. Foto: Divulgação
- A tirolesa também entrou na proposta de concessão do Parque Estadual de Itaúnas. Foto: Divulgação
- Projeto prevê construção de pousada em Itaúnas. Foto: Divulgação
- Projeto prevê mirante em Parque Estadual de Itaúnas. Foto: Divulgação
- Vila de Itaúnas. Foto: Divulgação
Parque Paulo César Vinha também está incluído
No Parque Estadual Paulo César Vinha, em Guarapari, as mudanças propostas incluem a criação de uma tirolesa e de um teleférico, que levariam os visitantes até a famosa Lagoa de Caraís, também conhecida como Lagoa da Coca-Cola. Além disso, está prevista a construção de glampings e bangalôs, oferecendo hospedagem diferenciada aos visitantes. Trilhas suspensas garantiriam acessibilidade e integração com a natureza, além de novas estruturas flutuantes para lazer.
- Projeto de concessão prevê centro educacional no Parque Paulo César Vinha. Foto: Divulgação
- Parque de Guarapari vai ter ganhar tirolesa, teleférico e bangalôs. Foto: divulgação
- Parque de Guarapari vai ter ganhar tirolesa, teleférico e bangalôs. Foto: divulgação
- Parque de Guarapari vai ter ganhar tirolesa, teleférico e bangalôs. Foto: divulgação
- Parque de Guarapari vai ter ganhar tirolesa, teleférico e bangalôs. Foto: divulgação
Proposta
Essas ações fazem parte do Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável das Unidades de Conservação do Estado do Espírito Santo (PEDUC), instituído pelo Decreto nº 5409-R em junho de 2023. No entanto, a proposta ainda será discutida em audiências públicas, e não há prazo definido para o início das obras. Estão previstos R$ 7,2 bilhões de investimentos ao longo de 35 anos, sendo R$ 674 milhões destinados inicialmente para a estruturação das seis unidades de conservação.
Críticas à concessão dos parques
A proposta tem sido alvo de críticas de ambientalistas, servidores públicos e membros da sociedade civil, que se opõem à concessão por receio quanto ao impacto dessas mudanças nas áreas protegidas. Biólogos, servidores do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e moradores das comunidades ao redor dos parques têm se organizado para manifestar suas preocupações sobre a preservação dos ecossistemas e da biodiversidade local, por meio do Movimento de Defesa das Unidades de Conservação do Espírito Santo.
Enquanto o debate segue, as audiências públicas prometem definir o destino das áreas, conciliando preservação e o desenvolvimento econômico com turismo sustentável.
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