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Projeto prevê hotel, tirolesa e restaurante no parque de Itaúnas

Proposta ainda depende de aprovação final, após a realização de audiências públicas, e enfrenta oposição de setores que defendem a preservação

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O Parque Estadual de Itaúnas (PEI), em Conceição da Barra, e o Parque Estadual Paulo César Vinha (PEPCV), em Guarapari, poderão ganhar novos atrativos turísticos caso a proposta de concessão de seis unidades de conservação do Espírito Santo seja aprovada. Entre as novidades planejadas estão a construção de restaurantes, hospedagens em glampings e bangalôs, além de estruturas para ecoturismo e turismo de aventura, como teleféricos, tirolesas e trilhas revitalizadas. No entanto, o projeto ainda depende de aprovação final, após a realização de audiências públicas, e enfrenta oposição de setores que defendem a preservação integral dessas áreas ambientais.

No Parque de Itaúnas, a proposta inclui a criação de cinco polos distintos. Entre as principais atrações previstas estão o mirante do pôr do sol nas dunas, uma tirolesa até a praia, além do memorial da antiga vila histórica, que será revitalizada. Dois novos complexos de pousadas, cada um com 15 quartos, também estão no projeto, acompanhados de restaurantes e uma piscina flutuante. A área da sede do parque deverá passar por uma reestruturação, com novos centros de visitantes, apoio para barcos e um pavilhão de quiosques reformado na Praia de Itaúnas.

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A revitalização do Hotel Barramar, projetado por Oscar Niemeyer e localizado em uma extremidade do parque, também faz parte do plano. Na Praia do Riacho Doce, um restaurante seria construído, e as intervenções previstas na antiga foz do Rio Itaúnas e na trilha dos pescadores incluem a criação de novas áreas de lazer e hospedagem.

 

Parque Paulo César Vinha também está incluído

No Parque Estadual Paulo César Vinha, em Guarapari, as mudanças propostas incluem a criação de uma tirolesa e de um teleférico, que levariam os visitantes até a famosa Lagoa de Caraís, também conhecida como Lagoa da Coca-Cola. Além disso, está prevista a construção de glampings e bangalôs, oferecendo hospedagem diferenciada aos visitantes. Trilhas suspensas garantiriam acessibilidade e integração com a natureza, além de novas estruturas flutuantes para lazer.

Proposta

Essas ações fazem parte do Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável das Unidades de Conservação do Estado do Espírito Santo (PEDUC), instituído pelo Decreto nº 5409-R em junho de 2023. No entanto, a proposta ainda será discutida em audiências públicas, e não há prazo definido para o início das obras. Estão previstos R$ 7,2 bilhões de investimentos ao longo de 35 anos, sendo R$ 674 milhões destinados inicialmente para a estruturação das seis unidades de conservação.

Críticas à concessão dos parques

A proposta tem sido alvo de críticas de ambientalistas, servidores públicos e membros da sociedade civil, que se opõem à concessão por receio quanto ao impacto dessas mudanças nas áreas protegidas. Biólogos, servidores do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e moradores das comunidades ao redor dos parques têm se organizado para manifestar suas preocupações sobre a preservação dos ecossistemas e da biodiversidade local, por meio do Movimento de Defesa das Unidades de Conservação do Espírito Santo.

Enquanto o debate segue, as audiências públicas prometem definir o destino das áreas, conciliando preservação e o desenvolvimento econômico com turismo sustentável.


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