Dia a dia
Porco-do-mar é encontrado a quase 3 mil metros de profundidade
Além do porco-do-mar, a equipe coletou mais de setenta espécimes, incluindo possíveis novas espécies. Entre 3.000 e 4.500 metros de profundidade
Durante uma expedição ao Chile realizada pelo Schmidt Ocean Institute, cientistas a bordo do navio R/V Falkor descobriram infiltrações frias que fornecem energia química para organismos que vivem sem luz solar. Um dos destaques dessa expedição foi o avistamento do raro e intrigante porco-do-mar, encontrado a 2.836 metros de profundidade.
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A busca por essas infiltrações durou mais de 12 horas. Infiltrações frias, ou “cold seeps”, são áreas no fundo do oceano onde hidrocarbonetos, como metano e sulfeto de hidrogênio, vazam lentamente dos sedimentos. Diferentemente das fontes hidrotermais, que liberam fluidos quentes, essas infiltrações expelem fluidos a temperaturas similares às da água do mar ao redor.
A Expedição na Fossa do Atacama
De acordo com publicação do Portal Terra, durante a expedição, os pesquisadores localizaram infiltrações na Fossa do Atacama, uma formação de 8 mil metros de profundidade que se estende pelo Peru e Chile. O estudo dessas infiltrações é fundamental para entender como a vida se desenvolveu na Terra e como essas condições químicas podem sustentar vida em outros planetas.
“Os micróbios que habitam essas infiltrações têm estratégias incríveis para produzir alimentos sem luz solar. Na Terra, a vida no escuro fornece informações cruciais sobre a persistência dos organismos nas condições mais extremas. Ambientes que fornecem energia química, como esse, podem oferecer pistas sobre a origem da vida e a biodiversidade no nosso planeta”, diz Lauren Seyler, da Universidade de Stockton.
Descobertas de Novas Espécies
Além do porco-do-mar, a equipe coletou mais de setenta espécimes, incluindo possíveis novas espécies. Entre 3.000 e 4.500 metros de profundidade, foram encontrados caracóis marinhos e anfípodes que ainda aguardam confirmação científica.
As amostras coletadas serão mantidas na Universidade Arturo Prat Museo del Mar em Iquique e no Museu de História Nacional em Santiago, Chile, para estudos futuros.
Essa expedição não apenas destacou a biodiversidade desconhecida das profundezas marinhas, mas também reforçou a importância de explorar e proteger esses ecossistemas únicos.
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