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PF e CGU apontam suspeita de 3º registro falso de vacina de Bolsonaro

Esse é o terceiro registro falso feito em nome do ex-presidente; as outras duas fraudes, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, embasaram a operação

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Impeachment de Bolsonaro é apoiado por 76% em caso de descumprimento de ordem judicial, diz pesquisa. Foto: Isac Nóbrega/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR

A Polícia Federal está investigando um terceiro registro falso de vacinação atribuído ao ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. O suposto registro indicava que Bolsonaro recebeu uma dose da vacina Janssen contra a Covid-19 em São Paulo, em julho de 2021. No entanto, o posto de saúde responsável pela vacinação informou à Controladoria Geral da União (CGU) que o ex-presidente nunca esteve na unidade para ser vacinado e que o registro foi fraudado.

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A CGU repassou essa informação à Polícia Federal, que já estava investigando outros dois registros falsos de vacinação de Bolsonaro em unidades de saúde no Rio de Janeiro. Na quarta-feira (3), a PF realizou uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente em Brasília e prendeu alguns de seus principais assessores sob a suspeita de falsificar registros de imunização de Bolsonaro e de sua filha, Laura Bolsonaro. A falsificação teria sido feita para permitir que o então presidente e sua equipe viajassem aos Estados Unidos, que exigem comprovante de vacinação para estrangeiros que entram no país.

O ex-parlamentar nega ter recebido qualquer vacina contra a Covid-19 e afirmou que a opção por rejeitar a vacina foi tomada depois que ele leu a bula da Pfizer. A Controladoria descobriu a informação sobre a vacina falsa de São Paulo e acionou a Força Aérea Brasileira (FAB), que organiza as viagens dos presidentes, e descobriu que Bolsonaro não estava em São Paulo na data da suposta imunização. Também foi descoberto que as informações inseridas no sistema sobre as vacinas tinham sido apagadas logo depois.

Com base em novas investigações e cruzando informações com dados de outros inquéritos, a Polícia Federal conseguiu estabelecer o vínculo das fraudes com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid, que foi preso junto com outros auxiliares suspeitos de participar do esquema. A Controladoria recebeu um recurso para analisar a possibilidade de dar publicidade ao cartão de vacinação de Bolsonaro em novembro de 2021, e descobriu os registros das vacinas falsas em dezembro de 2021, quando pediu ao Ministério da Saúde as informações oficiais sobre o cartão de imunizações do presidente.