Dia a dia
Papa se desculpa por dizer que existe ‘bichice demais’ no seminário
O Papa disse “já existe bichice demais” em seminários, durante uma reunião com 250 bispos italianos, realizada na semana passada
O Papa Francisco pediu desculpas nesta terça-feira (28) pela frase dita por ele em uma reunião com 250 bispos italianos, realizada na semana passada. O pontífice disse “já existe bichice demais” em seminários.
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Segundo os jornais “La Repubblica” and “Corriere della Sera”, em reunião a portas fechadas, o papa usou a palavra “frociaggine”, um termo que pode ser traduzido aproximadamente como “viadagem” ou “bichice”. A expressão foi utilizada durante uma conversa em oposição à entrada de homens, assumidos como homossexuais no seminário, mesmo como voto de celibato.
“O papa nunca teve a intenção de ofender ou de se expressar em termos homofóbicos e pede desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de uma palavra”, afirmou o comunicado do Vaticano.
A frase gerou polêmica, principalmente por ir de encontro as declarações e aberturas à comunidade LGBTQIA+ durante os 11 anos de seu papado. Em dezembro de 2023, o Vaticano fez um anúncio histórico sobre a abordagem em relação a casais homossexuais. Em uma medida autorizada pelo Papa Francisco, padres católicos romanos agora têm permissão para abençoar casais do mesmo sexo, um movimento que diverge da tradicional doutrina da Igreja Católica que desaprova a união homossexual.
O comunicado foi feito por meio de um documento oficial, e permite que os padres escolham realizar essas bênçãos, embora não sejam obrigados a fazê-lo. Importante ressaltar, contudo, que a bênção a casais do mesmo sexo não deve ser confundida ou assemelhar-se a cerimônias matrimoniais e não é permitida durante as liturgias regulares.
O documento enfatiza que, apesar desta nova abertura, a união homossexual ainda é considerada “irregular” pela Igreja, mantendo sua doutrina inalterada. Porém, esta autorização para bênçãos é vista como um gesto de acolhimento e inclusão por parte da Igreja.
Anteriormente, em outubro, o Papa Francisco já havia sinalizado uma possível mudança nessa direção. Suas declarações passadas, incluindo o reconhecimento das mulheres trans como “filhas de Deus” e a crítica à criminalização da homossexualidade, indicam um movimento progressivo em suas visões. Apesar desses avanços, grupos de católicos homossexuais continuam pressionando por mudanças mais profundas, uma luta que já dura mais de uma década.
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