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Dia a dia

Pai entrega filho que esfaqueou motoristas de aplicativo

Ao todo, quatro adolescentes foram apreendidos por dois crimes, praticados nos dias 16 e 17. Um motorista morreu e outro segue internado em estado grave

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A Polícia Civil apreendeu, nesta sexta-feira (21) quatro adolescentes suspeitos de envolvimento na morte do motorista de aplicativo Acassio Caliman, 65 anos, ocorrida na segunda-feira (17), em Vila Velha, e também na tentativa de homicídio contra outro motorista de aplicativo ocorrida no dia anterior, em Cariacica. Dois dos quatro adolescentes, ambos do sexo masculino, de 15 e 16 anos, estavam presentes nos dois crimes. Além deles, duas adolescentes do sexo feminino, de 15 e 17 anos, estavam presentes no crime ocorrido no dia anterior.

O pai do adolescente de 16 anos, autor das facadas contra os dois motoristas, foi quem levou o rapaz até a delegacia. “Vendo a movimentação da polícia e percebendo que o filho estava nervoso e que esteve com dois carros diferentes, ‘apertou’ o filho até que ele confessou o crime. Então, ele levou o filho até a delegacia. Os policiais, em diligência, chegaram a ir até a casa desse pai, e os vizinhos informaram que eles tinham acabado de ir para a delegacia. O rapaz confessou o crime e contou quem foram os outros participantes”, explicou o secretário de Estado de Segurança Pública, Roberto Sá.

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Segundo a polícia, os dois adolescentes tinham diversas passagens por tráfico de drogas e roubo. Eles teriam a intenção de vender os veículos para comprar armas de fogo. No primeiro crime, ocorrido no dia 16, eles teriam abandonado o veículo após o roubo para buscá-lo no dia seguinte, mas a polícia recuperou o carro. O motorista, abandonado na rua com ferimentos, segue internado em estado grave. Com a frustração do roubo, no dia seguinte eles repetiram a ação e, dessa vez, mataram Acassio Caliman, na Barra do Jucu, em Vila Velha, levando o carro dele. O veículo também foi recuperado pela polícia.

O delegado geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, contou que denúncias anônimas recebidas pelo 181 ajudaram nas investigações. Disse, ainda, que os adolescentes não demonstraram qualquer arrependimento pelos crimes cometidos e que, na delegacia, chegaram a rir. Arruda elogiou a atitude do pai que levou o filho para a delegacia. “É um ato louvável da parte do pai que teve essa responsabilidade e hombridade de levar o filho até a polícia para que o estado faça a sua ação”, disse.

Os quatro adolescentes se encontram em unidades socioeducativas. Eles foram aprendidos por ato infracional equiparado ao crime de latrocínio e podem permanecer nas unidades por até três anos.