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Dia a dia

Justiça concede liberdade aos chefões da Telexfree

O pedido de habeas corpus foi concedido pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região)

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Os chefões da Telexfree Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler receberam o alvará de soltura nesta quinta-feira (19). O pedido de habeas corpus foi concedido pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região). Eles foram presos preventivamente na última terça-feira (17) e conduzido para o CDPV II (Centro De detenção Provisória de Viana II).

A dupla foi presa pela Polícia Federal na Grande Vitória durante a Operação Alnilam. A ação contou com a participação de 15 agentes no cumprimento três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão nas residências dos suspeitos.

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O advogado de defesa de Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler, Rafael Lima, afirma que eles devem deixar o CDPV II ainda na noite desta quinta-feira.

Denúncia

Ainda nesta quinta-feira (19), Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler foram denunciados por lavagem de dinheiro pelo MPF-ES (Ministério Público Federal no Espírito Santo). A defesa dos chefões da Telexfree afirma não ter sido notificada até a noite desta quinta.

De acordo com a denúncia, Costa e Wanzeler foram acusados de utilizar a pessoa jurídica Capixaba Eventos, em 2014, para adquirir um imóvel, em frente à sede do MPF, no valor de R$ 2.350.000,00, com recursos obtidos com as atividades ilícitas da Telexfree no Brasil, mesmo com ordens judiciais de sequestro e bloqueio de bens dos acusados. O imóvel, um prédio de dois pavimentos, localizado na Avenida Princesa Isabel, 117, no Centro de Vitória, é utilizado como estacionamento.

A denúncia afirma que o montante foi pago em três parcelas: como entrada, foram pagos R$ 500 mil; depois, em duas ocasiões, foi entregue o valor restante de R$ 1.850.000,00, tudo em dinheiro em espécie. Todo o pagamento teria sido feito por uma pessoa contratada pelos acusados, com a finalidade de ocultar a propriedade, a disponibilidade e a movimentação do dinheiro.

Além disso, segundo a denúncia, entre novembro de 2014 e novembro de 2019, Carlos Costa e Carlos Wanzeler teriam ocultado, por 60 vezes, o recebimento de produto indireto de crime, consistentes nos alugueis do imóvel adquirido. Os valores eram recebidos em dinheiro em espécie, mantendo ocultos o recebimento e a movimentação posterior dos recursos.

A partir de setembro de 2019, conforme as investigações, o próprio Carlos Wanzeler teria começado a receber os alugueis, diretamente. Nos meses de outubro e novembro, por exemplo, o denunciado teria ido pessoalmente até o imóvel para pegar o dinheiro.